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Com presença do Batalhão de Choque, manifestantes fazem ato no Rio

Protesto reuniu 500 pessoas na capital fluminense; uma pessoa chegou a ser detida porque não quis tirar a máscara de gás

Por Fabio Grellet
Atualização:

Atualizada às 22h50

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RIO - No início da noite desta segunda-feira, 10, cerca de seis horas após a confirmação da morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade, outro protesto contra o aumento das passagens de ônibus na capital fluminense reuniu cerca de 500 pessoas. Até as 21h30, não havia registros de confrontos entre ativistas e policiais ou informações sobre feridos.

O ato começou às 18 horas, na mesma praça onde Andrade foi atingido, em frente ao Comando Militar do Leste e ao lado da estação ferroviária Central do Brasil. Em meio a dezenas de policiais da Polícia Militar (PM), um grupo, então com aproximadamente 200 pessoas, decidiu caminhar rumo à sede da Fetranspor, a entidade que reúne os donos das empresas de ônibus que fazem o transporte municipal no Rio.

Durante a caminhada pelo centro do Rio, policiais revistaram mochilas de manifestantes mascarados, mas não encontraram artefatos explosivos. Uma pessoa foi detida, porque não quis tirar uma máscara de gás, mas não chegou a ir à delegacia. Foi liberada após decidir atender à ordem policial.

O aumento da passagem, de R$ 2,75 para R$ 3,00, em vigor desde o último sábado, era a razão do protesto. O grupo seguiu pela Avenida Presidente Vargas até a Avenida Rio Branco, sempre escoltado pela polícia.

Antes de chegar à sede da Fetranspor, o grupo, que então já contava aproximadamente 500 pessoas, parou em frente à Assembleia Legislativa do Rio, onde um cordão de policiais estava postado. Após algumas provocações e gritos de guerra contra a PM, os manifestantes seguiram até a sede da entidade, onde incendiaram uma catraca de ônibus, levada pelos próprios manifestantes.

"Tem que protestar. Só assim vamos mudar algo. A imprensa falou sobre o cinegrafista, mas não mostrou o ambulante que morreu atropelado no mesmo protesto de quinta passada", reclamou o ambulante José Roberto, que não quis informar o sobrenome e se identificou como black bloc. Cobrindo o rosto com uma máscara preta, ele ajudou a incendiar a roleta.

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O ambulante a que o ativista se referia foi atropelado por um ônibus durante o ato anterior, na frente da Central do Brasil, e morreu após receber socorro. Os manifestantes se dispersaram por volta das 22 horas, quando cerca de 150 pessoas voltaram à Central do Brasil.

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