Comando reconhece que houve participação de PMs na execução de juíza

Balas que atingiram a magistrada Patrícia Acioli fariam parte de lote vendido ao 7º BPM, de São Gonçalo

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Por Pedro Dantas
Atualização:

RIO - O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, reconheceu que houve a participação de PMs na execução da juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Patrícia Acioli, morta com 21 tiros na porta de casa, no último dia 12.

 

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O coronel anunciou que vai abrir uma investigação interna por conta da informação de que os projéteis de calibre .40 que atingiram a magistrada pertenciam a um lote comprado pela corporação e eram utilizados por batalhões do interior do Estado, entre eles o 7º BPM (São Gonçalo).

 

Exames periciais apontaram que as balas seriam de cartuchos comprados da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC). Segundo a empresa, o lote em questão teriam sido destinado ao batalhão da cidade onde Patrícia atuava.

 

Patrícia chegava em casa, em Niterói, quando foi surpreendida por motociclistas e morta. A juíza vinha recebendo ameaças, inclusive de policiais com suspeita de envolvimento em milícias. De acordo com a família, as autoridades sabiam do risco que a magistrada corria. Apesar disso, a segurança policial de Patrícia foi suspensa.

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