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Começa interrogatório de mais acusados pela Hurricane

Serão interrogados nesta sexta José Renato Granado Ferreira, Paulo Roberto Ferreira Lino e o sobrinho do ´Capitão Guimarães´, Júlio César Guimarães Sobreira

Por Agencia Estado
Atualização:

Começou na tarde desta sexta-feira, 27, o interrogatório de outros três envolvidos no suposto esquema de compra de sentenças e exploração de jogos ilegais, objeto da Operação Hurricane da Polícia Federal. A exemplo dos três bicheiros que foram ouvidos na quinta pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal, serão interrogados nesta sexta José Renato Granado Ferreira e Paulo Roberto Ferreira Lino, dirigentes da Associação de Bingos do Rio, e o sobrinho de Aílton Guimarães Jorge, o "Capitão Guimarães", o contraventor Júlio César Guimarães Sobreira. Os três réus chegaram ao edifício da Justiça Federal no centro do Rio pouco depois das 13 horas. Eles passaram a noite no Batalhão Especial Prisional da PM, em Benfica, na zona norte. Também estavam lá outros 12 acusados. A única mulher dos 17 réus transferidos na quarta de Brasília para o Rio, a secretária Ana Claudia Rodrigues do Espírito Santo, passou a noite na carceragem da Superintendência da PF na Praça Mauá, no centro do Rio. Virgílio de Oliveira Medina, irmão do ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Medina, foi levado de volta para Brasília. Na quinta-feira, os acusados Aílton Guimarães Jorge, Aniz Abrahão David, o Anísio, e Antônio Petrus Kalil, o Turcão negaram as acusações que os levaram à prisão no último dia 13 na operação da Polícia Federal. Segundo os advogados de Guimarães e Anísio, os três deram depoimentos semelhantes, argumentando não conhecer os magistrados envolvidos no suposto esquema de compra de sentenças. Eles também admitiram o exercício da contravenção no passado, mas negaram explorar jogos ilegais atualmente. Segundo o termo interrogatório, Guimarães disse "que é agente financeiro, que trabalha com ações e é consultor nesta área". Já Anísio disse que apenas aluga um imóvel em Copacabana para um bingo. Ubiratan Guedes, advogado de Anísio, disse que seu cliente também negou as acusações e disse à juíza que foi contraventor até a sua prisão em 1993. Desde então, disse, vive de investimentos financeiros e imobiliários. Segundo Guedes, Anísio ainda disse à juíza que gostaria de voltar a ser bicheiro se a atividade fosse legalizada. Advogados de Turcão não deram entrevistas. No termo interrogatório, o bicheiro disse não tem bingos ou caça-níqueis e que "ainda trabalha com sua creche".

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