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Começa na quinta júri de acusados de tráfico internacional

Réus são acusados de torturar e matar um cozinheiro e crime teria sido ordenado de dentro da prisão

Por Agência Estado
Atualização:

Começa na quinta-feira, 9, às 8 horas, o julgamento de Jandira Ferreira da Silva Pinheiro, Elmiro Galdino de Albuquerque, Joel Ferreira Pinheiro Filho e Franklin Paulo Silva Gomes, presos em março do ano passado durante as investigações da Operação Gourmet, da Polícia Federal. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) em abril de 2008, acusados de associação para o tráfico internacional de drogas, tortura e homicídio.

 

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Os quatro réus são acusados de envolvimento em uma organização criminosa que trazia drogas de Letícia, na Colômbia, e distribuía nos Estados do Amazonas, Pará e Maranhão. Em agosto de 2007, eles teriam torturado e matado o cozinheiro Kleber Barros Raiol, da embarcação Oliveira, em cumprimento de ordens que teriam sido repassadas via celular por Joel, que estava preso.

 

A embarcação, que ia de Tabatinga em direção a Manaus, carregava 60 kg de cocaína. Dois integrantes do grupo foram presos quando descarregavam 16 kg da droga em um bote em Manacapuru. O restante da cocaína, escondida sob o estoque de frangos no freezer da embarcação, teria sido retirada por Kleber, que se apropriou do entorpecente. Dias depois, o corpo de Kleber foi encontrado com quatro tiros e diversas lesões, como dedos e ossos da mão direita quebrados.

 

Os quatro acusados irão à júri popular no âmbito da Justiça Federal. A sessão será aberta ao público e deve se estender durante todo o dia, podendo durar até o dia 10. O último júri popular realizado pela Justiça Federal no Amazonas ocorreu em 2004.

 

"Tendo em conta que o crime de homicídio foi praticado no contexto de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de entorpecentes, tal crime deve ser levado à Júri e, como a competência para apuração de tal fato é da Justiça Federal, a morte de Kléber será apurada por meio de um Júri Federal", explicou em nota o MPF-AM.

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