PUBLICIDADE

Comerciante é baleado em assalto em metrô na Paulista

Vítima tinha sacado R$ 1.400 em agência na esquina da Rua Augusta

Por Rodrigo Pereira
Atualização:

O comerciante Alexander Lopes Matos, de 31 anos, foi baleado ontem, às 11h20, depois de ser assaltado na Estação Trianon-Masp do metrô, na Avenida Paulista. Dono de uma marcenaria em Mauá, no ABC, ele havia trocado um cheque de R$ 1.400 da agência do Banco Safra na esquina da Paulista e da Rua Augusta. Matos guardou o dinheiro no bolso e seguiu para a Estação Consolação. No vagão, foi abordado por dois homens de terno. Um deles apontou um revólver 38 e anunciou o assalto. "Dá o dinheiro que está no seu bolso." Matos tentou dissuadi-los, mas o assaltante que apontava para sua barriga levou a arma para sua testa. Após engatilhar o revólver, reforçou a ameaça. "Vai logo. Se não, você vai morrer." O dinheiro foi entregue ao assaltante mais jovem. O outro deu cobertura, de dentro do vagão, mas assim que soou o apito do fechamento das portas, também correu para a escadaria. "Quebrei o alarme de emergência e fui atrás dele, gritando ?pega ladrão?", relembrou Matos. Segundo o comerciante, o ladrão virou uma vez em sua direção, ainda na escadaria, apontando a arma. Matos recuou, mas retomou a perseguição para encontrar ajuda policial. "Ele já estava longe, saindo da estação e eu nas catracas. Ele deu dois tiros, me joguei no chão, mas um me atingiu na perna." Matos reclamou da assistência prestada pelos seguranças do Metrô, que demoraram para acionar o socorro. "Eu estava sangrando muito, desmaiei no hospital e, se não fosse o policial militar me levar ao hospital na viatura, eu teria morrido", disse Matos. Ele disse que os médicos do Hospital do Servidor Público Municipal não retiraram o projétil de sua coxa. "Não consigo andar, não sei como vou ficar." A Assessoria de Imprensa do Metrô negou ter deixado de prestar assistência. Explicou que fez um trabalho conjunto com a PM e que acompanhou a vítima até sua liberação, às 18h40. O hospital informou que a bala não afetou nenhum músculo nem ossos e que sua retirada poderia afetar um músculo. O delegado Jorge Miguel Koury Neto ouviu ontem as quatro testemunhas do crime. Classificou o roubo como uma "ação ousada" e disse que o caso é "prioritário". Ele negou que crimes semelhantes tenham ocorrido no metrô. O delegado solicitou que as testemunhas vissem o álbum de criminosos com antecedentes na polícia para tentar identificar os assaltantes. O Metrô informou que não foram gravadas imagens do caso. Na confusão, uma funcionária de um quiosque da estação se feriu levemente, mas passa bem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.