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Comércio critica plano contra lavagem de dinheiro

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Guilherme Afif, afirmou que as novas medidas anunciadas nesta terça-feira pelo Banco Central e Ministério da Justiça para combater a lavagem de dinheiro no País estão no "caminho correto, mas falta um plano de inteligência no uso das informações". É criado o Cadastro Nacional de Correntistas, mas não se explica a finalidade de seu uso, diz Afif, que observou ainda que a pretexto de regulamentar atos ilegais o governo está se preparando, para numa segunda etapa, desestimular as atividades de factoring (compra de contas a receber), que é hoje "um dos poucos instrumentos de financiamento de capital de giro da pequena e média empresa". O empresário acrescenta que a atividade de factoring até agora era considerada "não-financeira" e por isso estava fora da imposição de compulsórios e tributação elevada. "A pretexto de controlar lavagem de dinheiro, o BC quer dar um bote nas atividades de fomento mercantil", argumenta o empresário. Bancos aplaudem A Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) considerou positivas as medidas de lavagem de dinheiro adotadas nesta terça-feira pelo Banco Central e Ministério da Justiça. Segundo Marcia Klinke, integrante da subcomissão de Auditoria e Compliance da Febraban e diretora do Unibanco, as operações "suspeitas" de valor elevado já eram notificadas ao Banco Central desde 1999 pelos bancos. Havia, no entanto, uma lacuna jurídica quanto à obrigatoriedade de informar ao BC quando o saque era feito em espécie (dinheiro vivo). Agora há o respaldo jurídico para exigir a devida identificação de todas as pessoas que fizerem saques em espécie no valor igual ou superior a R$ 100 mil. Seguradoras também aprovam Ricardo Xavier, diretor da Fenaseg (Federação Nacional de Seguradoras), diz que as medidas de controle de lavagem de dinheiro no setor de seguro já foram regulamentadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) pela circular 200/2002 e as medidas adotadas nesta terça são adequadas.

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