Comissão aprova ida de parlamentares ao Cindacta 1

Idéia é verificar condições de trabalho dos controladores de vôo e equipamentos

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Por Agencia Estado
Atualização:

A comissão externa da Câmara dos Deputados, criada para investigar o caos aéreo, aprovou na sua primeira reunião formal nesta terça-feira, a ida de seus integrantes ao Centro de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta-1), em Brasília. A idéia dos parlamentares é verificar as condições de trabalho dos controladores de vôo e o sistema de funcionamento dos equipamentos. A comissão recebeu informações dando conta que existiriam mais problemas técnicos no controle de vôos envolvendo freqüências de comunicação. Por conta disso, deputados querem checar essas informações com os técnicos do Cindacta 1 para saber sobre a possibilidade de novas falhas no sistema aéreo nacional. Além disso, a comissão aprovou a requisição de todos os documentos existentes em poder da Aeronáutica sobre o acidente com o vôo 1907 da Gol, incluindo os papéis produzidos no dia do desastre. A comissão também quer receber os documentos da Aeronáutica relativos ao apagão no sistema de comunicação no Cindacta 1, ocorrido na semana passada, e também sobre o corte de energia ocorrido na segunda-feira, no Cindacta 2, em Curitiba. "Com essas informações e os relatos que receberemos dos técnicos poderemos formar um quadro mais detalhado do caos que está ocorrendo no sistema aéreo", diz o deputado Carlos William (PTC-MG), relator da comissão externa. O relator não atribui a responsabilidade pelos problemas do sistema aéreo ao ministro da Defesa, Waldir Pires. Na sua avaliação, a maior parcela de culpa cabe aos controladores de vôo e também à Aeronáutica. "Acho que os controladores de vôo são corporativistas e estão fazendo greve branca. Não adianta mudar o ministro porque já fizeram alterações no comando das operações e não adiantou nada. Acho que o ministro está sendo boicotado por não ser militar. Não digo que o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, esteja boicotando o ministro. Mas acho que ele não está informando ao ministro com precisão sobre tudo o que está acontecendo", afirma o relator.

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