PUBLICIDADE

Comissão não aponta causa exata da explosão de foguete

Por Agencia Estado
Atualização:

A comissão encarregada de investigar o acidente com o Veículo Lançador de Foguetes (VLS-3), que provocou a morte de 21 pessoas no Centro de Lançamento de Alcântara (MA) em agosto, não encontrou erro ou violação de normas que tenham dado início ao acidente. No entanto, o relatório apontou uma série de falhas ocorridas ao longo da execução do programa. ?A longa convivência do projeto com a escassez de recursos humanos e materiais pode ter conduzido a uma dificuldade crescente em perceber a degradação das condições de trabalho e da segurança?, afirma o relatório. Entre as condições inadequadas estão a fragilidade da infra-estrutura de apoio do centro de lançamento, falhas de segurança operacional e não-cumprimento de algumas recomendações contidas no relatório do VLS-2. A hipótese mais provável, diz o relatório, é de que tenha havido uma indução eletrostática. Essa descarga teria ocorrido pela retirada da blindagem de fios do sistema. O relatório mostra que a instalação de uma capa de plástico na parte superior do veículo e a proximidade dos fios não-blindados podem ter contribuído. Novos estudos terão de ser realizados. De acordo com o relatório, o acidente poderia ter sido evitado se houvesse um dispositivo mecânico de segurança, aponta relatório apresentado hoje pelo ministro da Defesa, José Viegas. Tal dispositivo, que integrava a versão original do VLS, foi substituído por outro sistema, de natureza eletrônica. O ministro advertiu que programas estratégicos brasileiros vêm sendo mantidos em ?virtual estado de hibernação por um período perigosamente longo?. Viegas afirmou que o programa terá continuidade e que o governo busca parcerias internacionais para reforçar o programa. Em sua avaliação, o lançamento do VLS-4 poderá ser feito em 2006.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.