Comissão pede vistoria em Congonhas e na TAM

Inspeções estão entre as 12 recomendações feitas por grupo da FAB que investiga tragédia

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Por Redação
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Uma lista de 12 propostas de recomendações para diversos órgãos do setor aéreo elaborada pela comissão da Força Aérea Brasileira (FAB) que apura o acidente com o Airbus da TAM pede vistorias especiais na empresa aérea e no Aeroporto de Congonhas e deixa clara a preocupação dos investigadores com as condições das pistas principal e auxiliar. Oito sugestões referem-se a avaliação, controle e monitoramento das pistas, especialmente em dias de chuva. Uma das propostas é de que seja feita uma "avaliação de performance de aeronaves a jato de grande porte" para estabelecer "parâmetros e procedimentos operacionais de vôo e de infra-estrutura que garantam a segurança das operações de pouso e decolagem no aeroporto". A avaliação deverá ser "baseada em demonstrações de operações reais com técnicas especiais de pouso em pista molhada". A comissão sugere uma recomendação específica à TAM: reforçar aos pilotos e co-pilotos a obrigatoriedade de observar as normas de procedimento referentes aos reversos, freios localizados nas turbinas. O Airbus acidentado pousou na pista principal de Congonhas, que estava molhada e escorregadia, com o reverso direito travado. A análise das caixas-pretas do avião mostrou que um dos manetes da potência dos motores estava na posição errada, o que fez com que a turbina direita, que estava com o reverso travado, acelerasse, enquanto a esquerda diminuía a velocidade. Uma minuta com as propostas foi enviada pelo chefe da comissão, tenente-coronel da Aeronáutica Fernando Camargo, ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), onde serão avaliadas. As que forem aprovadas passarão a valer como normas a serem cumpridas pela Infraero, pela Anac, pelas empresas aéreas e pelo próprio Cenipa. Segundo a Assessoria de Imprensa da Aeronáutica, as sugestões serão combinadas com propostas feitas pela comissão que apura o acidente com o avião da companhia Pantanal que derrapou na pista principal de Congonhas, no dia 16 de julho. No dia seguinte, o A320 da TAM atravessou a mesma pista e bateu no prédio da TAM Express, matando 199 pessoas.

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