Comissão vai sugerir medidas de segurança para magistrados

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma comissão criada pelo Tribunal de Justiça do Rio vai sugerir medidas de segurança para os prédios do Judiciário no Estado - e também para os magistrados. Em duas semanas, o grupo, composto de dois desembargadores, três juízes e um major, deve entregar um relatório indicando quais são os pontos frágeis ao presidente do TJ, desembargador Miguel Pachá. Entre as medidas a ser adotadas, está a instalação de detectores de metal. Segundo Pachá, oficialmente, apenas uma juíza de São Gonçalo, na Região Metropolitana, que condenou um agente penitenciário, recebeu ameaças e está sob proteção. Mas outros seis juízes, que já estiveram envolvidos em processos contra o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, teriam recebido ligações em que supostos criminosos lhes diziam que eles poderiam morrer como o juiz corregedor de Presidente Prudente, Antônio José Machado Dias, executado há oito dias perto do trabalho. Os telefonemas foram para os celulares dos magistrados. O presidente do TJ não imagina como os traficantes teriam conseguido os números. "Isso é estranho. Para ver como eles (os criminosos) estão organizados. Se é que são bandidos mesmo", disse Pachá, levantando a possibilidade de os juízes terem sido vítimas de trotes. Em seguida, o desembargador minimizou as notícias sobre as ameaças. "Não devemos dar às notícias um peso maior do que esses casos têm. Sempre há insatisfeitos porque a Justiça julga contra alguém. Não podemos transformar isso numa neurose." O resultado do trabalho da comissão do TJ será discutido entre Pachá e os membros do Conselho da Magistratura. A iniciativa de firmar um plano de segurança surgiu depois da morte do juiz de Presidente Prudente. Os membros do grupo são os juízes Marcus Henrique Pinto (juiz-auxiliar da presidência do tribunal), Marco Aurélio Bellizze e Moacyr de Araújo Pessoa; os desembargadores Nildison da Curz e Ricardo Bustamante; e o major Francisco Matias Costa Carvalho, da Coordenadoria Militar da casa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.