Comitê de Marina defende doadores

PUBLICIDADE

Por Roldão Arruda
Atualização:

O comitê financeiro da campanha presidencial da senadora Marina (PV) contestou ontem as informações de que recebeu indiscriminadamente recursos de empresas poluidoras do meio ambiente. Segundo o coordenador do comitê, Álvaro de Souza, todos os grupos empresariais da lista de doadores têm preocupações com a preservação ambiental e investem em projetos destinados a reduzir o impacto de suas ações."Qualquer tipo de atividade empresarial deixa um rastro, a chamada pegada ecológica, assim como as pessoas físicas. Um cidadão que anda de carro ou de avião acaba contribuindo para elevar as emissões de CO²", explicou Souza, que é empresário, ex-diretor do Citibank e presidente licenciado da WWF no Brasil. "A diferença, portanto, não está na existência da pegada, mas sim no esforço que cada empresa faz para reduzi-la, para preservar o ambiente e garantir a perenidade de suas atividades."Ao listar as empresas doadoras, Souza se mostrou capaz de mencionar os programas de cada uma delas para reduzir o impacto ambiental. "A Suzano, do setor de papel e celulose, investe pesadamente há mais dez anos em pesquisas e projetos destinados a reduzir o uso da água, que é essencial em sua atividade. As empresas de reflorestamento, que já foram acusadas de criar os chamados desertos verdes, trabalham com regime de mosaico, que alterna áreas reflorestadas com outras em que preservam a vegetação original."Souza contou que no início da campanha da candidata do PV à Presidência foram feitas longas reflexões sobre a questão das doações. "Chegamos à conclusão de que se recusássemos doações de todas as empresas que deixam pegadas ecológicas, teríamos que recusar praticamente tudo. Diante disso, procuramos atrair aquelas que trabalham para reduzir o impacto ambiental. Foi esse o princípio que nos norteou."A única restrição imposta pela campanha em relação às doações atingiu setores de atividades consideradas polêmicas ou controversas. Incluíam, entre outros, os fabricantes de armas e a indústria do fumo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.