Companhia da PM muda-se para prédio doado

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Por Agencia Estado
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A partir da iniciativa de um grupo de moradores e do setor privado, a Polícia Militar inaugurou a nova sede da 4ª Companhia do 8º Batalhão da PM de Campinas, no Jardim Santa Genebra. A base policial atenderá a dez bairros. O Conselho de Segurança (Conseg) Integração, formado por moradores da região do Santa Genebra, apresentou o projeto. O prédio, de 260 metros quadrados de área construída, foi erguido sobre um terreno municipal com recursos da empresa Sonae Enplanta, proprietária do shopping Parque Dom Pedro, que funciona ao lado da nova sede. As obras custaram R$ 180 mil. O secretário estadual de Segurança Pública, Saulo Abreu, que participou da inauguração, negou que o setor privado esteja assumindo responsabilidades do governo do Estado. "No Brasil as pessoas têm o péssimo hábito de achar que em coisa de governo a população não pode se meter", disse. Abreu definiu a parceria como uma "relação salutar" e lembrou que a manutenção da nova sede ficará a cargo do governo. A 4ª Companhia funcionava anteriormente em um espaço emprestado, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A unidade abriga um efetivo de 107 policiais. O secretário aproveitou o discurso de inauguração para fazer "um desagravo" aos policiais condenando "críticas eleitorais, rasteiras e indignas, que não ajudam em nada o trabalho da polícia". Ele defendeu ainda que o papel da imprensa "é mostrar que o bem também vence". De acordo com o comandante do Comando de Policiamento do Interior da Polícia Militar 2 (CPI-2), que abrange 90 cidades, coronel Reynaldo Pinheiro, a PM de Campinas tem efetivo de 1,8 mil homens e até 120 viaturas em operação diariamente. O efetivo das 90 cidades é de 7,8 mil policiais, conforme o coronel. Blitz A Polícia Militar promoveu, em Campinas, uma blitz em diferentes pontos da cidade. Foram mobilizados 230 soldados, 11 oficiais e 50 viaturas para a operação, das 8 às 14 horas. Segundo o coronel Pinheiro, as blitze têm ocorrido periodicamente na cidade, como uma ação preventiva. Até o final desta tarde, o balanço da operação ainda não estava concluído. O comandante comentou ainda que a PM e a Polícia Civil iniciaram um projeto de mapeamento de gangues e quadrilhas que atuam em Campinas, a partir de um "levantamento de informações". Mas ele não especificou como será realizado esse levantamento. Disse apenas que se trata de um "trabalho repressivo, a médio e longo prazo, para inibir as quadrilhas". Com os resultados do mapeamento, a PM planejará "ações pontuais", como buscas e apreensões de armas, para reprimir as atividades das quadrilhas e gangues, segundo Pinheiro. O mapeamento foi anunciado depois que um segurança e uma adolescente foram feridos a tiros na saída de um shopping na periferia de Campinas, no final de semana. Os disparos foram atribuídos a uma gangue do bairro, impedida pelo segurança de promover conflitos nas proximidades do shopping. Ontem à noite, outros dois tiroteios entre criminosos e policiais ocorreram na cidade, nos bairros São José e Guanabara, em tentativas de assalto. Dois assaltantes e um PM ficaram feridos.

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