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Compras de última hora movimentam Natal em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde cedo, as ruas vazias mostravam que era um dia especial. São Paulo nem parecia a mesma cidade, não fosse pelo ti-ti-ti que os esquecidos e atrasados fizeram nos centros comerciais. Trânsito mesmo só onde havia gente procurando o último presente ou os detalhes finais da ceia de Natal. Do lado de fora do Mercado Municipal, uma confusão. Carros parados, buzinas, flanelinhas vendendo um cartão de zona azul a R$ 5,00. Do lado de dentro, os últimos preparativos para as ceias. Os boxes que vendem frutas ficaram lotados. "Eu só venho aqui pela qualidade porque está tudo um horror de caro", queixava-se a aposentada Madalena Rodrigues, de 62 anos. Na lista do industriário Paulo Sillos, de 48 anos, também só estavam faltando cerejas, pêssegos, lichias, uvas. Só o que não podia ser comprado com antecedência. "Comigo é sempre assim: tudo certinho", explicou. Indecisa até então sobre o local onde passaria a noite de Natal, a secretária Djane Almeida, de 30 anos, descobriu, no domingo à noite, que precisava levar presentes para oito filhos de seus primos. Em pânico, foi à Rua 25 de Março. "Vou ver se eu compro no atacado e resolvo o problema." Calçadão - A rua e as tranversais quase viraram um grande calçadão. Como os camelôs, mais do que nunca, estão por todos os lados, os motoristas quase não conseguiam passar. Para completar, vendedores de bombinhas "Bin Laden" exibiam o produto nas calçadas, assustando os pedestres. "Jesus!", exclamava a dona de casa Clementina de Souza, de 54 anos. Embora com movimento menor, o shopping Higienópolis, estava repleto de gente que deixou tudo para a última hora. O engenheiro Alberto Pereira, de 50 anos, tinha hoje a missão de comprar oito presentes. "Todo ano é assim. Só ontem caiu a ficha de que já era Natal", contou. A dentista Linda Liliana Macondes, de 52 anos, fez a mesma coisa. No sábado "percebeu" que tinha de comprar 15 presentes. Hoje, ainda não havia terminado. "Estou correndo, correndo", repetia.

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