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Confirmada primeira morte provocada por dengue em SP

Vítima é uma mulher de 26 anos que morava na capital paulista

Por Agencia Estado
Atualização:

A secretaria de Estado da Saúde confirmou na segunda-feira, 19, a primeira morte causada pela dengue este ano no Estado de São Paulo. A vítima é uma mulher de 26 anos, moradora na capital paulista, que contraiu a doença tipo hemorrágica quando fazia turismo em Itanhaém, na Baixada Santista. A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde não divulgou o nome da vítima, mas há informações de que ela teria morrido no dia 1º de março após ser internada com sintomas da dengue hemorrágica no hospital Santa Catarina, na capital. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Itanhaém, Maria Aparecida da Silva, a vítima contraiu a doença quando passava férias na cidade, entre os dias 25 e 30 de janeiro. No dia 1º de fevereiro, ela teria sentido os primeiros sintomas da doença e falecido exatamente um mês depois. Em Itanhaém, há 92 casos de dengue confirmados. "Este foi o único caso clínico de dengue hemorrágica contraída no município, mas precisamos aguardar a identificação da vítima pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado", disse Maria Aparecida. Segundo ela, a turista ficou hospedada no bairro Belas Artes, na região Central de Itanhaém, que foi bloqueado com ações de combate e prevenção na época da notificação da suspeita. Outros casos Além da morte, a secretaria também confirmou a existência de outros três casos de dengue hemorrágica, em Campinas, Hortolândia e Mirassol, mas os pacientes não morreram. De acordo com a secretaria, outros seis casos de dengue hemorrágica foram descartados e outros oito aguardam resultados dos exames. A secretaria também não confirmou o caso dengue hemorrágica em Presidente Prudente, confirmado há duas semanas pela vigilância epidemiológica daquele município. Também não confirmou outras quatro mortes ocorridas em Araçatuba e Birigüi, os dois municípios com maior número de casos de dengue clássica do Estado, com 804 e 724 doentes, respectivamente. Campinas A região de Campinas registrou pelo menos 1,5 mil casos de dengue de janeiro até esta terça-feira,20. Só em Campinas a Secretaria de Saúde registrou 813 casos da doença em dois meses e 20 dias desse ano, ante aos 760 casos registrados em todo o ano passado - 250 casos foram confirmados na última semana. Três casos de suspeita de dengue hemorrágica, um deles que levou uma mulher à morte no início de março, são investigados pela Vigilância Epidemiológica da cidade. Segundo dados da secretaria, dos 813 casos de Campinas, 472 são de moradores do município, 157, de cidades vizinhas e 184 terão a procedência investigada. Sumaré e Hortolândia são os municípios vizinhos em que o problema é mais crítico, além de Campinas. As secretarias de Saúde se uniram e têm feito os chamados "arrastões" para identificar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Segundo informações do Ministério da Saúde, pelo menos 85 mil casos da doença foram registrados no País até a primeira quinzena de março. Queda Apesar da gravidade, a Secretaria de Saúde divulgou nota afirmando que os casos de dengue em São Paulo são menores em 2007 em comparação com 2006. De acordo com a nota, os 7.808 casos registrados neste ano são 24% menores que em 2006, quando foram registrados 10.259 casos. No entanto, a doença se espalhou por 169 municípios em 2007 contra 139 no ano passado. De acordo com a assessoria de imprensa, a Secretaria da Saúde disponibilizou R$ 20 milhões para combater a dengue no primeiro semestre e vai distribuir 6 milhões de panfletos para explicar à população como combater a doença. Além disso, a secretaria criou o Comitê de Mobilização contra a Dengue, que reúne 35 órgãos públicos e da iniciativa privada cujos representantes farão reuniões periódicas para definir as ações de combate à dengue. O Comitê se reuniu com todos os 645 secretários municipais de Saúde paulistas para explicar a situação da dengue e reforçar a necessidade de ações locais, como visitas casa a casa e orientação da população. Além disso, técnicos da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) estão pulverizando as casas onde há casos suspeitos de dengue hemorrágica nos municípios mais atingidos pela doença.

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