Confusão na eleição brasileira na Suíça

Cerca de 7 mil brasileiros que vivem na região de Genebra, apenas 358 se cadastraram para votar

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Terminam as eleições brasileiras em vários países da Europa. Os consulados do País na Europa continental, incluindo Paris, Berlim, Zurique, Genebra, Madri e Roma, finalizaram seus trabalhos às 17 horas do horário europeu (12 horas de Brasília). Os dados serão agora enviados eletronicamente ao Brasil. Os brasileiros que tentaram votar para presidente nos consultados do País na Suíça enfrentaram confusão e muita falta de informação. Em Genebra, a grande parte dos brasileiros que foi até o consulado do País não conseguiu votar e saiu frustrado. Em uma região com cerca de sete mil emigrantes brasileiros, apenas 358 conseguiram se registrar para votar. Muitos ainda viajaram mais de duas horas de suas casas no interior da Suíça até Genebra para serem impedidos de votar por irregularidades na documentação. "Não recebemos nenhuma informação sobre como seria a votação. Estou indignado", afirmou o engenheiro Roberto Barbosa de Almeida Junior, que há 18 anos vive em Genebra. "Não é possível que o governo não tinha dinheiro para enviar uma carta aos brasileiros dando informações", disse, prometendo que enviaria uma carta ao Itamaraty para se queixar. O problema ocorreu por causa da mudança de registro dos títulos de eleitor. Há oito anos, o consulado brasileiro em Genebra foi fechado e todos os títulos de eleitor foram transferidos para Zurique. Neste ano, com a reabertura do consulado em Genebra, muitos eleitores afirmam que foram informados que o título seria transferido automaticamente de Zurique à Genebra, o que não ocorreu. Na porta do consulado em Genebra, muitos foram surpreendidos ao chegar a descobrir que teriam de ter feito um novo registro em abril. "Liguei várias vezes para o consulado e não consegui nenhuma informação", afirmou Flávia, que mora há um ano na cidade de Sierre, duas horas de Genebra. Já Ismael Ribeiro vive em Zurique e viajou três horas com a família para votar em Genebra. Ao chegar no consulado, descobriu que seu título estava em Zurique. "Não vou ter de voltar e conseguir votar", lamentou Ribeiro.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.