Congonhas não opera na madrugada e filas continuam em SP

No início da madrugada, pelo menos 500 pessoas aguardavam o embarque em Congonhas. Eram mais de 60 vôos atrasados entre partidas e chegadas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que geralmente encerra suas operações entre 1h30 e 3h, ficou aberto durante toda a madrugada deste sábado, mas o caos registrado nos últimos dias se repetiu. Por falta de aeronaves, não houve pousos nem decolagens, o que obrigou que os passageiros passassem a noite aguardando os vôos, que não chegavam nem decolavam. No início da madrugada, pelo menos 500 pessoas aguardavam o embarque em Congonhas. Eram mais de 60 vôos atrasados entre partidas e chegadas, segundo o que indicavam os painéis da Infraero. As aeronaves mais afetadas foram as da empresa TAM Linhas Aéreas. Por volta das 3h, cerca de 100 passageiros aguardavam na área do saguão reservada para o check-in da companhia. A situação dos últimos dias se repetia: crianças chorando e passageiros reclamando. O principal problema em Congonhas na noite de sexta-feira foram as conexões. Os vôos, que chegavam de outros destinos já aterrissavam atrasados, e não encontravam aeronaves para realizar a conexão. O engenheiro Luis Roberto Noronha, de 37 anos, saiu de Brasília às 19 horas e pretendia chegar a Ribeirão Preto às 23h, mas eram 3h quando ele ainda permanecia "jogado" no aeroporto, sem informações desde às 20h30. No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a situação também era caótica. Às 6 horas deste sábado, toda a área do check-in estava lotada, com centenas de pessoas aglomeradas, sem previsão do horário dos vôos. A mesma fila de cerca de um quilômetro que na sexta-feira pela manhã saía da asa B, passava pela D e ainda fazia uma enorme curva, era registrada pelas lentes dos fotógrafos e cinegrafistas. A dentista Vânia Coutinho, de 34 anos, fez o check-in às 19h30 para um vôo com destino a João Pessoa (PB) marcado para às 20h40, mas eram 4 horas quando ainda permanecia no aeroporto, grávida e com uma criança de 2 anos no colo. O cenário em Cumbica era o mesmo: pessoas dormindo no chão ou nos carrinhos de bagagens.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.