Consórcio inicia construção de contenção nas obras do Metrô

Objetivo da construção das paredes de 30 metros de profundidade é "garantir a segurança" das equipes que vão apurar as razões do acidente na linha 4

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da linha 4 - do Metrô paulistano, iniciou nesta segunda-feira, 9, a construção das paredes de contenção em torno do canteiro de obras da futura estação Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, onde ocorreu o acidente em 12 de janeiro, que provocou a morte de sete pessoas. As paredes terão 30 metros de profundidade. O principal objetivo é para que peritos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) tenham acesso ao exato local onde houve o desmoronamento e apurem as razões do acidente. De acordo com a Via Amarela, a construção das paredes integra um acordo assinado no dia 2, com o Ministério Público, o Instituto de Criminalística, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). O documento, aliás, não prevê a retomada das obras, e sim autoriza a "realização de trabalhos que visam dar segurança às investigações que serão desenvolvidas pelo Instituto de Criminalística (IC)", segundo nota divulgada na sexta-feira, 6, pelo Consórcio. Outro termo, da Delegacia Regional de Trabalho (DRT), também restringe a implementação de obras no local somente para a segurança das investigações. O comunicado do Consórcio traz ainda que o MP recebeu um projeto básico detalhado da construção das paredes. A retomada dos trabalhos será pelo sistema vala a céu aberto, o VCA. No decorrer das escavações, serão recolhidos elementos de "prova para as investigações do IPT e do IC". Estrutura Para a retomada das escavações, serão fincadas 84 estacas de 40 centímetros de diâmetro, com espaçamento de dois metros, a uma profundidade de 30 metros. As estacas formarão paredes de proteção no entorno da vala, revestidas de concreto projetado com 30 centímetros de espessura. As paredes serão perfuradas por tirantes de aço com 20 metros de profundidade, a cada 2 metros na horizontal e 2,5 metros na vertical. Os tirantes, por sua vez, serão escorados na superfície das paredes com vergalhões de aço. Cada tirante suporta uma carga de 60 toneladas. A conclusão dos trabalhos está prevista para outubro deste ano.

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