Consumo de produto roubado estimula a ação de quadrilhas

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Por Agencia Estado
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A solução para melhorar as condições de segurança no transporte rodoviário de cargas passa por um aprimoramento da lei que prevê punição ao receptador e por medidas que possam intensificar a fiscalização dos estoques nos estabelecimentos comerciais. A avaliação foi feita nesta terça-feira pelo presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região, Urubatan Helou, durante a 14ª Sessão do Fórum Paulista do Transporte, que acontece no Palácio do Transporte Rodoviário de Cargas. Na opinião de Helou, o que alimenta as estatísticas de roubos nas estradas é a facilidade de transferência dos produtos extraídos das carretas para os estoques tanto de lojas legalmente constituídas para o funcionamento como de pequenos pontos de vendas clandestinas, explorados por camelôs. Ele disse que o sistema de punição existente para quem compra os produtos roubados tem-se mostrado insuficiente para evitar a ação das quadrilhas nas rodovias. No ano passado, foram registradas 3.300 ocorrências de roubos de cargas no Estado de São Paulo, resultando em prejuízos estimados de R$ 193 milhões, números que representam um crescimento de 2,8% no índice de violência comparado a 2002. Segundo o secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, a questão deve ser tratada como uma atribuição que cabe ao sistema integrado de combate ao crime organizado, onde existe tanto a atuação da Polícia Federal como dos órgãos estaduais. Mas afirmou que caso a sugestão de aprimoramento da lei seja encaminhada ao Ministério da Justiça, será feita uma análise da matéria.

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