
29 de outubro de 2010 | 00h00
A candidatura de Palocci provocaria entusiasmo até entre oposicionistas, colocando em polvorosa o ninho tucano. Quem poderia enfrentá-lo com mínimas chances? Se levasse uma chinelada de Lula em 2006, Alckmin não teria apetite nem cacife para enfrentar um Palocci popular e articulado, turbinado pela popularidade de Lula, em 2010. Nem Serra, que preferiria se reeleger governador sem sair de casa, continuar sua ótima administração e encerrar uma brilhante carreira política. Alckmin seria o senador mais votado do Brasil.
Para enfrentar Palocci, só alguém que representasse a novidade, a confiança e a esperança ao mesmo tempo, fora da chatice do velho centro de poder paulista. Como Aécio Neves, o governador mais popular do País, com sua história vitoriosa, sua linhagem política e sua juventude. Na oposição, só ele poderia encarnar com credibilidade o pós-Lula e empolgar como possibilidade real de um Brasil melhor. Com crescimento e justiça social, mas sem mensaleiros e aloprados, sem aparelhamento do Estado e complacência com tiranos e corruptos amigos.
Se Deus fosse mesmo brasileiro, o segundo turno seria disputado por Antonio Palocci pelo PT-PMDB e Aécio Neves pelo PSDB-DEM. Os búzios, as cartas, os astros e todas as pesquisas teriam dificuldades em prever o resultado, mas seriam unânimes em apontar o vencedor: o Brasil.
Mas como não é brasileiro, e nunca na história desse país teve o seu santo nome tão usado em vão, Deus criou o caseiro Francenildo e nos deu Dilma e Serra.
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