Contra projeto, professores ocupam plenário da Câmara Municipal do Rio

Grupo protesta contra o Plano de Cargos e Salários da categoria que seria votado na Casa; após invasão, votação foi remarcada para terça

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Por Liana Leite
Atualização:

RIO - Cerca de 50 professores invadiram o plenário da Câmara de Vereadores do Rio, por volta das 14h30, para protestar contra o Plano de Cargos e Salários da categoria que seria votado na Casa. Após a invasão, o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), decretou o fim da sessão e marcou a votação para terça-feira, 1º de outubro. Logo depois disso, os professores decidiram que vão ocupar a Câmara até terem suas reivindicações atendidas pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Eles também pedem reunião com Felippe, que foi embora sem recebê-los. No dia 20, os professores chegaram a ocupar o gabinete de Paes no Centro Administrativo São Sebastião em protesto contra o projeto.

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Quando houve a invasão, já havia professores nas galerias. Eles entraram pela manhã, com senhas, e tentavam convencer vereadores a não votarem o plano de cargos e salários, que, segundo os professores, só beneficia 10% da categoria. A segurança da Câmara impediu a entrada de novos manifestantes nas galerias, então um grupo forçou a passagem e pulou a Tribuna de Imprensa, tomando o plenário.

Na lateral da Câmara, mais de 500 professores gritam palavras de ordem contra o plano. Policiais militares fizeram um corredor para controlar quem entra e quem sai da Casa. O vereador Jefferson Moura (PSOL) confirmou que entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Rio, pedindo o cancelamento da votação. Ele alega que a reunião de quatro comissões, que deu parecer favorável ao plano, não ocorreu. Após a invasão, somente os vereadores de oposição permaneceram no plenário.

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