Controlada rebelião na Febem de Franco da Rocha

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Por Agencia Estado
Atualização:

A rebelião dos menores da Unidade 30 da Febem de Franco da Rocha foi controlada por volta das 18 horas, pouco depois da entrada da Tropa de Choque, comandada pelo Coronel Angerani, na unidade. Segundo o representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ariel de Castro Alves, neste momento, cerca de 85 menores que participaram do motim estão concentrados pacificamente na Ala G. O capitão Jorge Garcia, do 26º Batalhão, não soube informar o número de policiais que participaram da ação. De acordo com ele, homens da Força Tática chegaram pouco antes do Choque e jogaram bombas de efeito moral para forçar os internos a recuar. Mas o prédio da administração foi destruído pelos menores, segundo ele. Um monitor da unidade, que não quis se identificar, negou que os funcionários tivessem aberto as portas para o garotos fugirem. ?Eles arrombaram os portões com pedaços de ferro, retirados das camas, pedras e a pontapés.? De acordo com o funcionário, os conselheiros tutelares que estavam dentro do prédio foram alertados do perigo da rebelião, mas preferiram ficar ao lado dos menores. ?Para eles (os conselheiros), esses garotos são os bonzinhos, indefesos?, criticou. Segundo o monitor, a rebelião começou quando um menor, que teria recebido uma informação equivocada de transferência de internos, começou a agitar os companheiros. ?Eles começaram a chutar as portas, e a confusão teve início. Fugimos na seqüência.? Pai de um interno de 18 anos, o porteiro Ivaldo Sevulo de Araújo, de 40 anos, disse que ficaria na porta da unidade até que conseguisse ver o filho, preso há nove meses na U30. Ele foi proibido por uma assistente social de ver o garoto por causa das rebeliões. ?Ele está sendo forçado a participar do movimento, senão pode ser morto pelos líderes.? Segundo a conselheira tutelar Silvia Alves Carnavali, há menores feridos na unidade. ?Chegamos por volta das 12 horas e negociamos com a direção da unidade a autorização para conversar com os garotos. Naquele momento, a gente já estava ouvindo muitas portas batendo, uma estratégia dos menores para chamar a atenção. Logo depois, recebemos a informação de que a casa virou (começou o motim)?.

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