Controladores negam intenção de greve na Páscoa

Associação de controladores afirmou que confia no acordo firmado com o governo na sexta; venda de pacotes para o feriado caiu 40% em relação a 2006

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Por Agencia Estado
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A Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA) assegurou, em nota, que não há intenção da categoria de fazer uma nova paralisação na Semana Santa. No último sábado, o advogado da associação, Normando Cavalcante, chegou a declarar que se o governo não cumprir alguns pontos do acordo firmado com a categoria, o feriado da Páscoa poderia ser um "inferno". "Reafirmamos a nossa confiança no governo federal nos moldes do acordo firmado na noite de 30 de março", afirma a nota da ABCTA, que atribui as declarações de Cavalcante ao "momento de nervosismo". "Informamos a sociedade brasileira que este acordo renovou os ânimos dos Controladores do Tráfego Aéreo brasileiros e que farão o possível para, dentro de suas competências, voltar à normalidade", acrescenta a nota que alerta, entretanto que "apesar de todo esforço concentrado" os profissionais não suprem as deficiências estruturais do setor. Queda na venda de pacotes Às vésperas do feriado prolongado da Semana Santa - o quarto período do ano mais lucrativo para as empresas de turismo (atrás do Natal, Carnaval e férias de julho) -, as companhias aéreas, agências de viagem e redes de hotéis vivem um momento de incertezas com mais uma crise no setor. Segundo a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), que representa 62 empresas, o número de pacotes vendidos para a Páscoa foi 40% menor do que no mesmo período de 2006. "Além dessa queda expressiva, prevemos que 5% das pessoas que já fecharam pacotes para o feriado vão pedir o cancelamento por causa da confusão nos aeroportos", diz o empresário José Zuquim, presidente da Braztoa. No começo do ano, a entidade estava otimista e previa um crescimento de até 20% do setor. "Pelo jeito, 2007 será decepcionante. Sorte nossa que os pacotes para a Semana Santa já haviam sido vendidos, senão o prejuízo ia ser bem maior. O problema é daqui por diante. As pessoas vão ficar cada vez mais receosas em comprar uma passagem aérea e vão preferir viajar de carro para o campo e para a praia. Ou não vão sair de casa mesmo", concluiu.

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