
16 de agosto de 2011 | 00h00
Na avaliação do assessor jurídico da OCB, Adriano Campos Alves, as alterações na lei proibiram as doações apenas de cooperativas que firmaram convênios com o governo federal, e não daquelas que têm contrato de compra e venda de alimentos.
"É uma relação comercial. Você vendeu e recebeu o dinheiro. Não é um dinheiro de responsabilidade do governo", afirmou Alves. "Quando se fala "beneficiário de recursos públicos", é em relação a convênios, que é uma injeção de recurso público a fundo perdido", completou. Para ele, o artigo é complexo. "Não dá para entender a questão em um único parágrafo."
O ex-ministro da Agricultura e deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB-PR) afirmou que, na campanha de 2010, contratou um especialista em direito eleitoral durante quatro meses para evitar qualquer problema com doações irregulares. "Não fui alertado em nenhum momento de que isso seria errado", disse Stephanes, referindo-se às contribuições de cooperativas que fizeram negócios com a Conab.
O deputado estadual Baleia Rossi (PMDB-SP), filho do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, negou ter recebido doações irregulares. "As contas de minha campanha política foram julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e aprovadas. O relator, que foi o juiz Galdino Toledo Junior, examinou todas as doações", afirmou ele.
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