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Coordenador de Alckmin diz que apoios não terão "contrapartidas"

As contrapartidas serão devidas apenas aos "aliados" do PSDB, afirmou João Carlos Meirelles

Por Agencia Estado
Atualização:

A estratégia da campanha de Geraldo Alckmin até 29 de outubro seguirá o princípio básico de que apoio concedido não significará contrapartida, em caso de sua vitória no segundo turno. As contrapartidas serão devidas apenas aos "aliados" do PSDB, afirmou nesta terça-feira ao Estado o coordenador do programa de governo de Alckmin, João Carlos Meirelles. Na segunda-feira, em Brasília, três linhas de ações também foram desenhadas. A primeira será elevar os tucanos Aécio Neves, governador reeleito em Minas Gerais, e José Serra, eleito para o governo de São Paulo, à condição de líderes nacionais - ou seja, captadores de votos em todo o País, e não só em seus Estados. "Todas as suposições sobre as pretensões de Serra e de Aécio para a Presidência em 2010 devem ser deixadas para o futuro", advertiu Meirelles, que se mostra descrente, neste momento, na capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva semear a discórdia entre os caciques tucanos para angariar vantagens eleitorais nas próximas semanas. "Temos 20 poucos dias para vencer a eleição. Estamos diante de uma encruzilhada nacional: ou optamos pelo caminho de grande desenvolvimento do País ou vamos ficar nesse marca-passo que só cultiva escândalos de corrupção. Essa eleição será definitiva." A segunda linha traçada será estimular os aliados do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) a ressuscitar sua capacidade de atrair eleitores na Bahia, depois da derrota do governador Paulo Souto para o petista Jaques Wagner e também na disputa no Senado. Da mesma forma, impulsionar o tucano Lúcio Alcântara, derrotado para Cid Gomes (PSB), a mostrar sua força política local no segundo turno, em favor de Alckmin. Nesse caso, o esforço de Alcântara continuará a dar-se em paralelo ao do coordenador da campanha e presidente do PSDB, Tasso Jereissati, uma vez que são adversários locais. Na sua terceira linha, a estratégia da campanha de Alckmin será a de construir "alianças nacionais com peculiaridades específicas". No Rio de Janeiro, onde candidato tucano Eduardo Paes não teve boa votação, Alckmin deverá reforçar sua aliança de primeira hora com o prefeito Cesar Maia. Mas, mesmo com a oposição do prefeito, amarrou nesta terça o apoio da governadora Rosinha Garotinho e seu marido, ambos do PMDB. Explorar a guerra PSDB-PT nos Estados em que os aliados a Alckmin competirão, no segundo turno, com candidaturas petistas será a quarta linha da estratégia tucana. Trata-se da situação de Pernambuco, onde Mendonça Filho (PFL) deverá somar seu empenho ao de Alckmin para ampliar a margem de votos para ambos nesse Estado, na lógica do "um reforça o outro". O mesmo deverá repetir-se em Santa Catarina, onde Luiz Henrique (PMDB) compete com Esperidião Amim (PP), no Pará, onde o tucano Almir Gabriel disputa com Ana Júlia (PT), e no Rio Grande do Sul, onde Yeda Crusius (PSDB) rivaliza-se com Olívio Dutra (PT).

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