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Copa faz hoje baile black-tie, com Valentino e Monica Bellucci

Ingresso para folia no hotel mais chique do Rio custa até R$ 2.750

Por Roberta Pennafort
Atualização:

Longe da agitação dos blocos de rua e do espetáculo das escolas de samba, existe um lugar onde o carnaval carioca é elegante, glamouroso e refrigerado. Realizado pela primeira vez em 1924, o baile do hotel Copacabana Palace - o único remanescente da chamada época de ouro da cidade - é freqüentado por gente que paga com prazer convites de até R$ 2.750 (preço de camarote) para se divertir entre seus pares: integrantes da alta sociedade, endinheirados de São Paulo, artistas, políticos e celebridades mundiais. Há 15 anos a concepção da megaprodução, que será realizado hoje à noite, cabe ao artista plástico Zeka Marques. Ele vem da França, onde vive, e se hospeda por dois meses no Copa. Esculturas, fantasias e adereços são criados e desenvolvidos quatro meses antes da folia. "Trabalho como se estivesse vestindo uma mulher linda, que é o hotel. Este ano, usei muito tule transparente rebordado. É como se fosse uma ópera, com os convidados como personagens. Estaremos numa ilha de felicidade, em que se celebra a vida", explica Marques. De acordo com a gerente de Comunicações do Copa, Patrícia Brandão, o hotel gasta R$ 650 mil com o baile. O traje é black-tie. Os homens que não quiserem vestir "fantasia de luxo" têm de ir de smoking; as mulheres, de longo. O ingresso mais barato, sem direito a mesa, custa R$ 1 mil. Até ontem, ainda havia convites à venda. O tema é o Eldorado. Beldades como a ex-miss Leila Schuster estão com o figurino pronto há tempos. "Meu vestido tem fundo fúcsia e detalhes em ouro. O adereço de cabeça é lindo, parece uma jóia", conta Leila, que foi rainha do baile em 2006 e, este ano, entrega a faixa para a atriz Grazielli Massafera. "Ir ao baile é um ritual. É uma exceção em meio às mudanças no carnaval. A música é ótima, a comida e a bebida são maravilhosas, e as pessoas, lindas." Adotar Grazielli como estrela da festa tem a ver com a tentativa de dar uma cara mais jovem ao baile do Copa. "Sentimos que o baile rejuvenesceu. Passou de apenas tradicional para badalado", acredita Patrícia Brandão. Ela confirmou as presenças do estilista italiano Valentino, da atriz italiana Monica Bellucci e do marido, Vincent Cassel, em salões que já receberam Jane Mansfield, Ava Gardner, Kim Novak e Brigitte Bardot. Entre os brasileiros, são habituées a modelo Luiza Brunet e a apresentadora Glória Maria. Desde que o baile foi retomado (decadente, foi extinto em 73 e só voltou 20 anos depois), a colunista social Hildegard Angel não perde uma edição. "Vou sempre muito fantasiada, obedecendo ao tema. O baile é bonito demais, é único, não se vulgarizou", diz Hilde. "Quando eu comecei, as pessoas diziam que o baile não vingaria. Mas esta é uma tradição que nunca vai morrer", acredita Zeka Marques.

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