Corpo de Dutra Pinto é enterrado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um erro do 27º cartório, no Tatuapé, na zona leste de São Paulo, quase atrasa em mais um dia o sepultamento de Fernando Dutra Pinto. O seqüestrador da filha de Silvio Santos, que também manteve o apresentador como refém, morreu no dia 2 no Centro de Detenção Provisória Belém 2, mas o corpo, que passou por vários exames, só foi liberado na terça-feira pelo Instituto Médico-Legal (IML). Hoje à tarde, o corpo foi levado para o velório, no cemitério Jardim das Flores, em Cotia, na Grande São Paulo, mas o sepultamento estava condicionado à expedição da certidão de óbito. O pai de Fernando, Antonio Sebastião Pinto só chegou ao cemitério por volta das 17 horas, mas ao verificarem o documento, os administradores do cemitério constataram que o cartório havia indicado como local do enterro o cemitério de Poá. Somente depois que a família de Fernando assinou um termo de compromisso para a retificação do erro, é que o sepultamento foi autorizado. Ao som de um hino evangélico, o caixão baixou ao jazigo 1.113 da quadra, às 18h30. Cerca de 200 pessoas acompanharam o velório, que teve também a presença de Esdras Dutra Pinto e Luciana de Souza Santos, conhecida como Jeniffer. Os dois também participaram do seqüestro e estão presos, mas foram autorizados pela Justiça a permanecer no cemitério durante 30 minutos. Aproximadamente 50 homens, entre civis e militares, armados com fuzis e metralhadoras, cuidaram da escolta e determinaram que as demais pessoas deixassem a sala do velório enquanto os presos estivessem por lá. No atestado de óbito, a causa da morte de Fernando foi descrita como pneumonia escafilococica e ferida infectada por R.escapular direita. Segundo o irmão mais velho do seqüestrador, Alexandre, a luta da família para identificar a origem da doença e punir os envolvidos vai continuar. "Enterramos o corpo, mas não uma causa", disse. "Meu irmão foi condenado por crime hediondo, mas os que o torturaram cometeram um crime ainda pior".

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