O corpo do padre Antônio Luis Pavanelli, de 38 anos, morto no dia 29 no Clube 77, uma boate, em São José do Rio Preto, foi exumado ontem à tarde a pedido do delegado seccional Roberto Cezário da Silva. A polícia apura o caso, que envolveu o investigador do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), Marco Antonio Pires, de 32 anos. Os dois morreram. De acordo com a polícia, Pires brincava com um revólver quando aconteceu um disparo acidental, que causou a morte do padre. Mas o laudo do Instituto Médico Legal indica dois disparos (um atingiu o pescoço e o outro o ombro de Pavanelli). De acordo com testemunhas, o investigador tentou socorrer o sacerdote, mas ao perceber que ele estava morto, deu um tiro na própria cabeça. Pires foi internado na Santa Casa e morreu na madrugada seguinte. O delegado seccional decretou sigilo no inquérito que apura as circunstâncias da morte do padre e do investigador. Pavanelli carregava uma maleta com R$ 4 mil. O dinheiro, devolvido à sua família, seria usado na compra de uma motocicleta. Ele era pároco da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no bairro da Felicidade, desde 1998.