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Corpos de cerca de 100 vítimas do acidente aéreo são encontrados

Ainda não se sabe quando começarão a ser resgatados. "Queremos trazê-los o mais rápido possível", disse o ministro Waldir Pires

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 100 corpos de vítimas da queda do Boeing 737-800 da Gol na selva amazônica já foram encontrados pelas equipes de resgate, informou nesta segunda-feira o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, em entrevista coletiva junto com o ministro da Defesa, Waldir Pires. Segundo o comandante, os corpos estavam próximos uns aos outros e a cerca de um quilômetro do local onde foi encontrado o trem-de-pouso do avião. O ministro Waldir Pires evitou fazer uma previsão sobre o dia em que esses 100 corpos começarão a ser resgatados."Queremos trazê-los o mais rápido possível", disse o ministro. Segundo o comandante da Aeronáutica, uma nova clareira terá de ser aberta na selva, mais próximo do local em que estão esses 100 corpos, para que eles sejam retirados. Depois, os corpos serão trasladados para Brasília. Segundo o brigadeiro, os familiares e parentes que estiveram sobrevoando o local do acidente ficaram "impressionados" com a dificuldade da operação de resgate. O ministro Waldir Pires recebeu, no domingo, um grupo de familiares das vítimas do acidente. "Disse a eles que faremos todos os esforços para resgatar os corpos em condições para que eles possam ser identificados", afirmou. O brigadeiro Bueno disse também que nenhum dos dois aviões envolvidos no acidente - o Boeing da Gol e o Legacy fabricado pela Embraer - havia solicitado ou recebido autorização para mudar a altura do vôo. Uma das possíveis causas do desastre teria sido o fato de um dos dois aviões estar em altitude inferior ou superior à autorizada. Apesar de ressaltar que as conclusões sobre as causas do acidente só serão conhecidas depois da análise das duas caixas-pretas do Boeing. O brigadeiro disse que "alguém deve ter saído do plano (original) de vôo." As caixas-pretas do avião da Gol, que já estão em Brasília, deverão ser enviadas na terça-feira aos Estados Unidos para serem decodificadas por equipes da Boeing. Segundo o ministro da Defesa, Waldir Pires, representantes do governo brasileiro acompanharão a análise, nos EUA. Segundo o brigadeiro, o plano de vôo do Boeing previa uma altura de 37.000 pés, e o do Legacy, a 36.000 pés. Bueno disse que não sabia em qual altura teria ocorrido o acidente, tampouco qual avião poderia ter se desviado do curso programado. "Essa é o dado principal da investigação", disse. No início da conversa com os jornalistas, porém, o brigadeiro havia comentado que o Boeing e o Legacy teriam se chocado a 37 mil pés de altura.

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