Corpos podem ser de jovens desaparecidos em Mongaguá

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Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia encontrou nesta manhã dois corpos de jovens na estrada Mambu, em Itanhaém. É grande a possibilidade de serem dos dois rapazes que sumiram na noite de 27 de setembro, depois de terem sido detidos por dois policiais militares que estavam fardados na casa noturna Casarao, em Mongaguá. Os corpos, em adiantado estado de decomposição, foram removidos para o Instituto Médico Legal de Praia Grande, para reconhecimento pelos familiares. Desde o último domingo, a Polícia Militar está realizando buscas em toda a região, a partir da ocorrência de desaparecimento registrada por familiares dos jovens, e removeu na sexta-feira para a Capital os dois PMs envolvidos, que estão à disposição da Corregedoria do órgão. Suas armas foram apreendidas para exames e a perua oficial utilizada por eles já passou por vistoria, não tendo sido encontradas manchas de sangue. Na noite de sexta-feira, dia 27, Celso Magalhães Júnior, de 20 anos, e Anderson do Carmo, de 17, chegaram à casa noturna Casarão e foram abordados por dois PMs que estavam, fardados, no local. Os quatro conversaram e os dois rapazes, ao recusarem a ordem se "ir até a esquina" com os policiais, foram levados ao banheiro da boate e agredidos. Sangrando, deixaram a casa noturna na companhia dos policiais e nunca mais foram vistos. Os PMs alegaram que haviam deixado os dois rapazes no centro da cidade e familiares registraram boletim de ocorrência de desaparecimento no domingo. A partir daí, passou-se a temer na Baixada Santista a repetição da tragédia ocorrida na Quarta-feira de Cinzas de 1999, quando quatro adolescentes foram presos por policiais da Cavalaria Nove de Julho nas proximidades da Ilha Porchat, em São Vicente, e logo depois executados num matagal em Praia Grande.

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