Corregedor da PF é preso, suspeito de corrupção

Escuta telefônica mostra que delegado exigiu R$ 500 mil para não prender empresário

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O delegado federal Alexandre Morato Crenite - assessor do corregedor-geral da Polícia Federal (PF) em São Paulo, um dos mais importantes cargos na hierarquia da corporação - foi preso ontem à tarde, acusado de corrupção passiva e prevaricação. Segundo a Procuradoria da República, Crenite foi flagrado em interceptação telefônica exigindo R$ 500 mil para não prender o empresário Ari Natalino da Silva, dono do Grupo Petroforte, suspeito de ser o maior fraudador de combustíveis do País. A ordem de prisão do delegado, em caráter temporário por cinco dias, foi decretada pelo juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Federal, que acolheu requerimento do Ministério Público Federal (MPF). Mazloum solicitou ao corregedor-chefe da PF, delegado Dirceu Bertin, que fosse ao Fórum Federal, na tarde de ontem. Bertin saiu do gabinete do juiz com o mandado de prisão do colega em mãos. Crenite recebeu voz de prisão em seu gabinete, na sede da PF, na Lapa, zona oeste, no mesmo momento em que 12 advogados da União tomavam posse em solenidade festiva no auditório, com um concorrido coquetel patrocinado pela Caixa Econômica Federal. Prestigiavam o evento o diretor-geral da PF, delegado Paulo Lacerda, e o superintendente regional, Francisco Baltazar. O suposto esquema foi descoberto com base em autorização de escuta telefônica concedida pela 12.ª Vara Federal de Brasília. Leia mais no Estado de S. Paulo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.