O corregedor Unificado das Polícias, Aldney Zacharias Peixoto, vai pedir amanhã cópia do inquérito policial da 78.ª Delegacia de Polícia (Fonseca), que investiga a participação de policiais militares na segurança do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal suspeito de ter assassinado o jornalista Tim Lopes. De acordo com inquérito daquela delegacia, dois PMs identificados como Cris e Campista estariam protegendo o traficante, escondido numa casa em São Gonçalo. "Eu já estava investigando a suposta participação de policiais militares há dois meses, mas não tinha nomes. Vou unir os dois processos", afirmou Peixoto. O corregedor já havia recebido denúncia de que Elias Maluco teria pago R$ 600 mil a quatro policiais do Batalhão de São Gonçalo para não ser preso. Os policiais da 78.ª DP chegaram a um esconderijo de Maluco na tarde de sexta-feira, em São Gonçalo, mas o criminoso conseguiu escapar. Um adolescente de 16 anos, que levava quentinhas para a quadrilha foi detido. Ele contou que o traficante tem usado um aplique no cabelo e recebe a ajuda de Cris e Campista na sua segurança. O comandante-geral da PM, coronel Francisco Braz, informou que a família do adolescente e o rapaz estão sob guarda da Polícia Militar. O garoto é esperado para prestar depoimento hoje na Delegacia Judiciária da Polícia Militar, em Niterói. "As pessoas dizem o que querem, mas tudo vai ser averiguado. Procuro sempre entender que há falhas em todas as corporações. Até na minha", afirmou Braz.