PUBLICIDADE

Corte de verbas começa pelos ''sem-mandato''

Por Lu Aiko Otta
Atualização:

Libera de um lado, corta de outro. Os 282 deputados e senadores que tiveram emendas aprovadas ao Orçamento de 2011, mas não estão mais no Congresso, são alvo preferencial do corte de R$ 50 bilhões que o governo prepara e deve detalhar na semana que vem. Essas emendas somam R$ 3,2 bilhões, segundo levantamento feito pelo Estado. No total, o volume de emendas de parlamentares aprovadas ao Orçamento de 2011 é de R$ 21 bilhões. Dessas, cerca de R$ 18 bilhões serão dizimadas, segundo adiantou fonte do Planalto. Entre esses R$ 18 bilhões, as emendas dos sem-mandato tendem a ser as primeiras da fila, embora o festival de liberações dos últimos dias mostre que isso nem sempre é verdade. "Claro que agora ficará mais difícil", disse o ex-deputado Chico da Princesa (PR-PR), que teve aprovadas 17 emendas destinando recursos para cidades do interior do Paraná.Entre os alvos preferenciais dos cortes há emendas com boas chances de escapar. São as apresentadas por ex-parlamentares que agora ocupam cargos no Executivo. O vice-presidente Michel Temer, por exemplo, teve aprovadas 20 emendas, no valor de R$ 11,550 milhões. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, emplacou 19 emendas, no total de R$ 10,650 milhões.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.