01 de novembro de 2010 | 00h00
PARAÍBA
O candidato do PSB ao governo da Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho, 50 anos, foi eleito com 53,7% dos votos válidos. O governador e candidato à reeleição pelo PMDB, José Targino Maranhão, 74 anos, obteve 46,3% dos votos.
No primeiro turno, Coutinho venceu Maranhão por apenas 8.367 votos de diferença. Ele obteve 942.121 votos (49,74%), contra 933.754 votos (49,30%).
Com 100% dos votos apurados, Coutinho alcançou 1.079.164 votos. Maranhão obteve 930.3312 votos. Coutinho ganhou disparado nas duas maiores cidades do Estado, João Pessoa e Campina Grande, embora com uma votação um pouco menor do que a do primeiro turno.
Em João Pessoa, onde Maranhão elevou sua votação, a queda no eleitorado de Coutinho foi de cerca de 20 mil votos.
Em vários municípios onde Maranhão venceu no primeiro turno, Coutinho ganhou a adesões de lideranças políticas e conseguiu mudar o voto da maioria do eleitorado a seu favor.
Comemoração. Aliados de Coutinho saíram às ruas das maiores cidades da Paraíba, antes do fim da apuração, para comemorar a vitória. As maiores comemorações ocorreram em João Pessoa, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras - cidades onde Coutinho derrotou Maranhão.
Na orla marítima de João Pessoa, centenas de pessoas saíram às ruas com bandeiras laranjas em carros e a pé, gritando o nome de Coutinho.
Antes de votar, pela manhã, Coutinho disse que jogou limpo. "Não usei armas sujas, nem golpe baixo e lutei o bom combate", disse. Às 19h, ele soltou uma mensagem por twitter: "Meu beijo no coração do povo da Paraíba. Sei das minhas responsabilidades. Estarei à altura das esperanças. Obrigado!"
Antes de votar, Maranhão disse que derrotaria "a prepotência e a arrogância" de Coutinho. Aliados de Maranhão informaram que ele moveu algumas ações judiciais contra Coutinho.
Detenções. Pelo menos 17 eleitores foram detidos na Paraíba, segundo o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), juiz Carlos Neves. As prisões foram motivadas por prática de boca de urna e tentativas de compra de voto.
Na cidade de Cajazeiras, um avião, pertencente a um empresário, ficou sob custódia da PM, por suspeita de transporte de dinheiro para compra de votos.
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