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CPI vai acompanhar investigação sobre morte de presos em MG

Briga entre rivais causa motim e a morte de 25 detentos; prisão tem capacidade para 87 presos e abrigava 173

Por Milton da Rocha Filho e da Agência Estado
Atualização:

Deputados da CPI do Sistema Carcerário vão nesta sexta-feira, 24, a Ponte Nova, em Minas Gerais, para acompanhar de perto as investigações sobre a morte de 25 presos na madrugada de quinta-feira, 23, na cadeia pública local.   Presos põem fogo em cadeia e 25 morrem em Minas Famílias ficam sem notícias Aécio abre processo para apurar mortes em prisão de MG   Por volta de 1 hora de quinta-feira, as vítimas foram encurraladas na cela 8 da cadeia por detentos de uma cela vizinha, que atearam fogo em um colchão encharcado com líquido inflamável, provocando um grande incêndio, que só foi controlado cerca de uma hora depois. Como a cidade não possui Corpo de Bombeiros, um caminhão-pipa foi utilizado para controlar o fogo, que já havia tomado conta de boa parte do segundo andar do prédio.   Superlotada, a cadeia, com capacidade para 87 presos, abrigava 173 no momento da confusão. Segundo a Secretaria de Defesa Social (Seds) de Minas, pela manhã foi lavrado auto de flagrante indicando 20 detentos que seriam os líderes do motim. O alvo principal do grupo seria Cleverson Alexandre da Cruz, o Clesinho, preso da cela 8 e rival do traficante Wanderson Luiz Januário, o Biju.   A sugestão para acompanhar os trabalhos policiais foi feita pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), integrante da CPI. Além de Jungmann, estarão em Ponte Nova o presidente da CPI, deputado Neucimar Fraga (PR-ES); as deputadas Maria do Carmo Lara (PT-MG) e Maria Lúcia Cardoso (PMDB-MG); e o deputado Alexandre Silveira (PPS-MG).   A CPI foi instalada na última quarta-feira, 22, e tem a finalidade de realizar um diagnóstico das prisões brasileiras para, em seguida, oferecer sugestões de projetos de lei ao Legislativo e de ações para o Executivo.

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