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CPI vai acompanhar investigações sobre a morte de 25 presos

Comissão, instalada na quarta-feira, vai fazer um diagnóstico do sistema carcerário brasileiro

Por Milton da Rocha Filho e da Agência Estado
Atualização:

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário informou que aprovou a formação de uma delegação para acompanhar as investigações da morte de 25 presos na madrugada desta quinta-feira no presídio de Ponte Nova (MG), durante um motim.    Incêndio em prisão superlotada deixa 25 mortos em Minas   A CPI foi instalada na quarta-feira, 22, e tem o objetivo de fazer um diagnóstico das prisões brasileiras para, em seguida, oferecer sugestões de projetos de lei para o Legislativo e de ações para o Executivo. A intenção é tornar o sistema mais eficiente e garantir condições adequadas para a recuperação e reinserção social dos detentos.   A disputa entre grupos rivais resultou, na madrugada desta quinta-feira, 23, na morte de 25 presos da cadeia pública de Ponte Nova, na Zona da Mata mineira. De acordo com as primeiras informações, no início da madrugada, presos de uma gangue que disputava o controle da cadeia conseguiram chegar ao corredor e atearam fogo a colchões provocando um grande incêndio em uma das celas.   As chamas se alastraram rapidamente e os detentos morreram carbonizados. "É uma imagem terrível. É a porta de entrada do inferno", disse o representante da Pastoral Carcerária de Ponte Nova, Gilson de Oliveira.   A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros controlaram o motim ainda durante a madrugada. Uma recontagem dos presos estava sendo realizada. A Secretaria de Comunicação do governo estadual informou que irá divulgar uma nota com detalhes da tragédia. Os nomes das vítimas ainda não foram divulgados.   A briga entre facções rivais é considerada antiga na cadeia de Ponte Nova, que enfrenta problemas de superlotação. Conforme informações preliminares, a unidade tem capacidade para 87 presos. Na hora do tumulto, no entanto, haveria cerca de 170 detentos no local.   A direção da cadeia assegura que não houve fugas. Técnicos vão realizar exames de DNA e da arcada dentária para tentar de identificar os corpos. Engenheiros também devem fazer uma vistoria para verificar se o prédio corre risco de desabamento.   (Colaborou Paulo R. Zulino, do estadao.com.br)

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