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CPTM perde R$ 5,5 milhões com atos de vandalismo

Por Agencia Estado
Atualização:

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) perde muito dinheiro com o vandalismo. Durante o ano de 2001, a Companhia gastou mais de R$ 5,5 milhões somente com ocorrências de vandalismo contra portas, janelas e furto de fios, nos seus 270 quilômetros de ferrovia. No caso de vandalismo contra janelas, o trem é retirado de circulação quando detectado furto ou alguma avaria grave, até que o conserto seja realizado. Dependendo do problema, a reposição pode levar três horas ou três dias e, neste segundo caso, o reflexo significa um número menor de composições à disposição da operação comercial. Assim como o roubo de fios, o vandalismo contra janelas tem sido motivo de preocupação para a área de manutenção da CPTM. Com as 1.829 ocorrências registradas no ano passado, foram gastos R$ 2.139.954,00, sendo que R$ 1.150 milhão somente na troca dos vidros das janelas do trem espanhol modernizado, que circula nas linhas C e D. Ainda no ano passado foram registrados, no período, 217 furtos de fios, num total de 31,5 quilômetros. As linhas E (Brás-Estudantes) e F (Brás-Calmon Viana), na zona leste, aparecem entre as mais afetadas. Os prejuízos diretos chegaram a R$ 2 milhões, porém uma análise mais ampla das conseqüências desse delito apontaria números maiores. Com o furto de fios, o sistema de sinalização fica bloqueado no Centro de Controle Operacional da CPTM, como se houvesse um trem naquele trecho. Por causa dessa ´falsa ocupação´, os controladores de tráfego têm de checar, via rádio, todas as composições em circulação para se certificar da localização exata de cada uma. Enquanto o serviço é realizado, os trens são obrigados a circular em velocidade reduzida, provocando atraso nas viagens. Já o prejuízo contra mecanismos de portas chegou a R$ 1 milhão no ano passado. Somados, os danos contra as portas e janelas dos trens aparecem como os principais na lista das ocorrências de vandalismo registradas pela empresa. São cerca de 700 ocorrências mensais e um gasto médio de R$ 300 mil para o conserto ou reposição de peças.

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