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Cresce número de seqüestros em São Paulo

Nos primeiro semestre de 2006 foram registrados 64 seqüestros no Estado: 14% mais do que nos primeiros seis meses de 2005, quando ocorreram 56

Por Agencia Estado
Atualização:

Nos primeiros seis meses de 2006 foram registrados 64 seqüestros no Estado: 14% mais do que nos primeiros seis meses de 2005, quando ocorreram 56 crimes desse tipo. Os números do 1º semestre de 2006 também são superiores aos de 2004 e 2003, quando ocorreram 55 e 59 casos respectivamente. Só o Disque-Denúncia recebeu de janeiro a junho deste ano 926 informações sobre seqüestros. Estas denúncias ajudaram a esclarecer 34 dos 64 crimes ocorridos no período. Isso sem contar com as informações que não são levadas ao serviço e sim diretamente às companhias da Polícia Militar e delegacias de bairro. Só neste mês em São Paulo, uma vítima morreu na mão de seqüestradores e pelo menos cinco foram libertadas pela polícia ou conseguiram fugir do cativeiro. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública informou que somente irá divulgar os casos de julho e agosto no final de outubro, quando fecha o balanço do terceiro trimestre. Apesar da SSP também não divulgar, a reportagem apurou que há atualmente no Estado três vítimas reféns de seqüestradores. No começo do mês, a polícia prendeu um ex-policial militar e outras duas pessoas que seqüestravam somente mulheres. As vítimas eram abordadas em cruzamentos de bairros nobres da cidade. O ex-PM é acusado de realizar seis seqüestros. Os crimes foram cometidos em julho e agosto. Uma de suas vítimas escapou do cativeiro pulando de uma janela a quatro metros de altura. Ela está internada no Hospital das Clínicas. Em julho, criminosos mantiveram refém por 63 dias um menino de seis anos. A criança foi seqüestrada na manhã do dia 7 de maio quando era levado pelo irmão mais velho à escola. Um advogado foi preso acusado de comandar o seqüestro. Há duas semanas, um homem de 74 anos passou um dia e uma noite sob a mira de revólveres dentro de uma barraca no meio de um matagal, em Sorocaba. A vítima pagou o resgate, foi libertada, mas mesmo assim continuou recebendo ameaças dos seqüestradores. A assessoria da SSP informou que só este ano a Delegacia Anti-Seqüestro (DAS) prendeu na Capital 73 seqüestradores e estourou 27 cativeiros. Segundo a polícia, dos 34 casos ocorridos no primeiro semestre na Capital, em 70% deles o resgate não foi pago graças à interferência policial. A SSP informou ainda que o número médio de casos nos últimos quatro anos corresponde a um terço do total de crimes ocorridos em 2002, quando aconteceram 199 casos só nos dois primeiros trimestres. Mutran A polícia da Capital continua a busca pelos suspeitos de seqüestrar o advogado Ricardo Mutran, filho do vereador Wadih Mutran (PFL), libertado no fim de semana. Três pessoas que estão foragidas tiveram prisão temporária decretada na segunda-feira: Cleiber Neves Santos, Aparecido Silva Souza e Alfredo Albuquerque. (Colaborou Carina Flosi)

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