Criança de 6 anos embarca em avião para Vitória e vai parar em Curitiba

Menino foi embarcado pela mãe em voo da Gol, no Rio, para comemorar o aniversário do pai no Espírito Santo, mas ficou desparecido por mais de uma hora até ser localizado no Paraná; empresa reconheceu erro e pediu desculpas

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Por Redação
Atualização:

Depois de um erro da companhia aérea Gol na sexta-feira, 2, um menino de 6 anos, que viajava desacompanhado do Rio de Janeiro para Vitória, no Espírito Santo, ficou desaparecido por mais de uma hora, até ser localizado em Curitiba, no Paraná.

Menino de 6 anos foi embarcado pela mãe em voo da Gol, no Rio, para comemorar o aniversário do pai, Wanderson Romão,no Espírito Santo, mas ficou desparecido por mais de uma hora até ser localizado no Paraná; empresa reconheceu erro e pediu desculpas Foto:

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O caso foi relatado no Facebook pelo pai do garoto, Wanderson Romão, de 32 anos, que protestou contra o erro e da forma que a empresa tratou a situação. Em nota, a Gol reconheceu o erro e pediu desculpas.

"Nunca vi um ser humano, tão inocente, puro, ser tratado com tanto desprezo, despreparo, irracionalidade, como uma espécie de uma mala, que simplemente foi extraviada", escreveu Romão.

Segundo Romão, o menino, que mora com a mãe no Rio, ia a Vitória para comemorar o aniversário do pai, no sábado. Ele tinha um voo marcado para as 17 horas de sexta-feira, com chegada prevista em Vitória às 18h20. As passagens custaram R$ 750 e o professor pagou uma taxa de R$ 100 pelo serviço de acompanhamento.

No Rio, a mãe entregou o menino, a uma funcionária da empresa, de acordo com Romão, com todos os documentos necessários para a viagem. Segundo o pai, os documentos permitiam que o menino viajasse sozinho apenas para os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, onde ele tem parentes. 

Romão afirma ter descoberto que a criança havia desaparecido quando descobriu, no desembarque, que o filho não estava no voo. "Percebi que meu filho, que deveria sair acompanhado, não havia saído do avião e não estava presente no vôo. Foram as piores horas da minha vida, pois percebi que meu filho havia desaparecido", relatou.

Em seguida, Romão conta que procurou funcionários da empresa aérea para pedir informações, mas ninguém sabia dizer o que tinha acontecido com a criança. Ele comunicou o sumiço da criança à mãe, que, em desespero, foi ao aeroporto do Galeão tentar, em vão, localizar o menino.

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“A parte mais absurda foi eu chegar na atendente, falar que meu filho estava desaparecido e ela perguntar se eu tinha comprado a passagem por smilles. Foi um descaso, um absurdo. Eu tive de aumentar o tom da voz, quando vi que ninguém da Gol iria resolver, fui na sala da Polícia Federal e as coisas começaram a acontecer, começamos a ter as respostas”, escreveu.

Depois de mais de uma hora de aflição, segundo, Romão, o menino foi localizado em Curitiba. "Ele fez o voo sem nenhuma pessoa ao lado. Não havia autorização judicial para ele ir ao Paraná", disse o pai. "O que era para ser um vôo de 45 min se transformou em um vôo de uma hora e meia. A criança estava com medo, havia chorado durante o voo."

Segundo Romão, a única solução foi enviar o menino de volta ao Rio, porque a empresa não ofereceu voos sem conexões para Vitória. A criança chegou ao Rio às 21 horas, totalizando quatro horas de viagem, segundo o pai. Ele afirma que entrará na Justiça contra a empresa.

Outro lado. A Gol se manifestou em uma nota oficial, pedindo "desculpas aos familiares e ao menor pelo ocorrido e esclarece que houve uma falha no procedimento de embarque da criança, ocasionando a troca do voo". A nota diz ainda que a companhia "reforça que a todo momento o menor esteve assistido por um colaborador da Gol eque imediatamente manteve contato com a família para prestar a assistência necessária" e "esclarece ainda que adotará medidas para evitar que situações como essa voltem a acontecer."

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