Criança e mulher são levadas pela correnteza e somem em Campinas

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Por Agencia Estado
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Uma criança foi arrastada pela correnteza durante as chuvas do final da tarde desta segunda-feira, no Jardim Tamoios, em Campinas, 95 quilômetros a noroeste de São Paulo, e permanecia desaparecida até o início da noite, informou o Corpo de Bombeiros. Outra mulher estava desaparecida no bairro Dic 6, depois de ter sido arrastada pela água. Até as 19 horas ainda não havia identificação das vítimas. A Defesa Civil de Campinas atendeu pelo menos 90 ocorrências até o início da noite. O Aeroporto Internacional de Viracopos interrompeu o embarque e desembarque de passageiros do início da tarde desta segunda até as 5 horas desta terça. Segundo informações do Centro de Ensino e Pesquisas Agrícolas (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), choveu 120 milímetros em uma hora no final da tarde em Campinas. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) informou que a quantidade é equivalente à metade da média de todo o mês de fevereiro. Em Indaiatuba choveu 155 milímetros, das 9 às 17h30. A cidade decretou situação de emergência. De acordo com a Defesa Civil, em Campinas houve 160 casas alagadas e duas desabaram. Pelo menos 150 pessoas estavam desabrigadas no início da noite. Vários carros foram arrastados na Avenida Princesa D?Oeste, no Jardim Proença, e os ocupantes precisaram da ajuda dos bombeiros e de policiais militares para sair dos veículos. Um bombeiro, identificado como sargento Assis, teve uma parada cardíaca enquanto ajudava pessoas ilhadas em seus carros na Princesa D?Oeste. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas da Unicamp e estava internado em estado grave no início da noite desta segunda. O coordenador da Defesa Civil de Campinas, Wagner Martins, explicou que o antendimento aos moradores deveria seguir noite adentro. Em Indaiatuba, 18 famílias ficaram desabrigadas, e os bombeiros registraram pelo menos 40 ocorrências. Na cidade de Valinhos houve alagamento nas Avenidas Independência, de acesso à cidade pela Rodovia Anhangüera, e Invernada. Várias casas e lojas foram alagadas, o trânsito foi interrompido nas duas vias e teve que ser desviado para ruas próximas. O diretor do Cepagri, Hilton Silveira, explicou que a alta precipitação de água ocorreu devido ao encontro de duas frentes frias. O Aeroporto de Viracopos deixou de operar entre as 14h26 e as 14h51, quando um vôo de passageiros foi desviado para o Rio de Janeiro. O terminal de embarque e desembarque ficou alagado, com 10 centímetros de água. Às 14h51, os pousos e decolagens de aviões de carga foram autorizados, mas os de passageiros permaneceram interrompidos. Segundo a assessoria de imprensa do aeroporto, 10 vôos de passageiros deixaram de decolar e 12 de pousar no aeroporto nesta segunda. As companhias negociaram com os passageiros o adiamento do embarque ou os transferiram, de ônibus, para os aeroportos de São Paulo, conforme a assessoria. Os pousos também foram desviados para São Paulo, e os passageiros, trazidos de ônibus a Campinas, informou a assessoria. A estimativa é de que o terminal de passageiros volte a operar a partir das 5 horas desta terça. A água invadiu lojas, lanchonetes e os balcões das companhias. A assessoria não tinha um levantamento dos prejuízos até a noite desta segunda.

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