Criminoso força vendedor a entrar com explosivos no Deic

O material explosivo foi apreendido e levado para o Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil, para ser periciado.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O vendedor Alexandre Garrido, 65 anos, chegou nesta segunda-feira à sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), em Santana, zona norte, com rojões embalados em papel alumínio e presos com fita adesiva à sua cintura. Em depoimento à polícia, Garrido afirmou que foi parado por um homem armado que lhe roubou e obrigou a seguir até o Deic. "Agora você vai para a porta do Deic, e mostra isso para eles lá. Nós vamos te seguir, se você não for para o Deic, nós mataremos você, porque nós estamos te seguindo". Foi o que o vendedor afirmou ter escutado do criminoso, por volta das 13h30 desta segunda. Desesperado, Garrido desceu de seu carro, um Ford Fiesta, e pediu ajuda aos policiais. Ao verificar o material, a polícia viu que se tratava de rojões embalados com papel alumínio presos com fita adesiva. Ameaça Passado o susto, Garrido contou que trabalha com venda de travas para automóveis. Eram 13 horas quando, a vítima havia saído da loja de um cliente no bairro da Vila Carrão, na zona leste. Nessa hora, ele foi rendido por um homem alto, negro, e armado com uma pistola semi-automática. O criminoso foi para o banco traseiro do Fiesta. Ele tomou R$ 400,00 em dinheiro e R$ 245,00 em cheques da vítima. Depois colou os explosivos no corpo do vendedor e deixou o carro. O bandido entrou num Ômega, que seguiu a vítima. Em depoimento, Garrido contou que ao passar pelo Viaduto Aricanduva não viu mais o Ômega. Mas mesmo assim ele seguiu para Santana. Ele chegou meia hora depois e parou em frente ao Deic. Começou a acenar para os investigadores, pedindo ajuda. Segundo o delegado do Deic, José Roberto de Arruda, o vendedor tinha ficha criminal: por estelionato e receptação. O material explosivo foi apreendido e levado para o Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil, para ser periciado.

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