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Criminosos espancam e ateiam fogo em pipoqueiro no Rio

Roberto Moura da Silva dos Santos foi atacado porque se recusou a dar pipoca de graça a um dos agressores

Por Agencia Estado
Atualização:

Bandidos de uma facção criminosa do Rio cometeram ontem um crime bárbaro por um motivo fútil. O pipoqueiro Roberto Moura da Silva dos Santos, de 26 anos, foi espancado e queimado por bandidos na noite de ontem na Avenida Brasil, na zona norte do Rio, porque se recusou a dar pipoca a um dos marginais de graça. Com um ferro quente, eles ainda torturaram o rapaz. O pipoqueiro foi socorrido por policiais militares por volta das 23 horas próximo ao local onde trabalhava, na altura do quilômetro 18 da via, próximo à favela de Acari. A cena chocou os moradores. Testemunhas disseram que Santos foi atacado depois de se recusar a entregar um saco de pipocas de graça a um homem que o ameaçara. Insatisfeito, o agressor se afastou e voltou com vários comparsas. O grupo espancou o pipoqueiro e ateou fogo ao carrinho de pipocas dele. Santos foi queimado pela chama e os bandidos ainda despejaram óleo de pipoca quente no corpo dele. Sem se darem por satisfeitos, os bandidos ainda usaram um pedaço de ferro quente para gravar nas costas dele a sigla da facção criminosa Amigos dos Amigos (A.D.A.), uma das que disputam o controle da venda de drogas nas favelas da cidade. Santos foi internado em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde, ele chegou ao hospital com queimaduras de 1º, 2º e 3 º graus em boa parte do corpo. Sedado, ele passa bem e está sob observação.

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