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Criminosos incendeiam 6 ônibus no Maranhão durante a madrugada

7 pessoas foram presas; governo considerou ataques reação à política contra facções e colocou todo o efetivo policial nas ruas

Por Diego Emir
Atualização:

SÃO LUÍS - Seis ônibus sofreram ataques na madrugada desta sexta-feira, 20, na Grande Ilha, região metropolitana da capital maranhense. Dos atentados praticados por facções criminosas, três terminaram com os coletivos completamente incendiados. Até o momento, não houve notificação de vítimas. Em resposta, a Polícia Militar do Maranhão prendeu sete pessoas, sendo quatro homens, duas mulheres e um adolescente, que se encontravam com grande quantidade de combustível.

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Os ataques aconteceram nos quatro municípios que fazem parte da Grande Ilha: em São Luís, nos bairros Jardim Tropical e Liberdade; em Paço do Lumiar, na região do Maiobão e na Vila Marly Abdalla; em São José de Ribamar, no bairro Cidade Verde; e outro no ponto final de ônibus na cidade balneária de Raposa.

Em nota, o governo do Maranhão informou que os ataques foram reações à política de enfrentamento às facções criminosas, a qual "tem resultado em sucessivas apreensões de grande quantidade de armas e drogas, além da recuperação de sua autoridade sobre o sistema penitenciário".

O governo também declarou que "os bandidos que determinaram e executaram tais ações já foram localizados e sofrerão as penas previstas em lei".

De acordo com o secretário estadual de Segurança, Jefferson Portela, equipes especiais das Polícias Militar e Civil, além do Grupo Tático Aéreo (GTA) e o Serviço de Inteligência, estão em ação para tentar conter novos ataques em São Luís. "Nós já acionamos todas as polícias e isso inclui o pessoal da Civil e Militar, e mais o GTA e o Serviço de Inteligência para fazer a segurança", informou.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), reuniu a cúpula da Segurança estadual no Palácio dos Leões e ordenou todo o efetivo policial nas ruas para 'garantir a paz' Foto: Divulgação

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), reuniu a cúpula da Segurança estadual no Palácio dos Leões por volta das 2 horas e ordenou todo o efetivo policial nas ruas para "garantir a paz" e a elucidação o mais rápido do possível dos ataques praticados, e os seus responsáveis.

Histórico. A última onda de ataques a ônibus em São Luís foi em 2014. No mês de janeiro daquele ano, facções criminosas incendiaram quatro coletivos, o que resultou na morte de uma criança de 6 anos e deixou outros quatro feridos com queimaduras. Na oportunidade, a Secretaria Estadual de Segurança relatou que as ações foram orientadas e comandas de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

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Já em outubro, outros dois veículos do sistema de transporte público foram incendiados, sem vítimas. 

O governo declarou que 'os bandidos que determinaram e executaram tais ações já foram localizados e sofrerão as penas previstas em lei' Foto: Divulgação
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