
18 de setembro de 2010 | 00h00
Nesse plano, o Amapá contribuiria com a eleição de dois senadores aliados. Assim, os governistas teriam três boas opções para obter as vagas com João Capiberibe (PSB), Gilvam Borges (PMDB) e Waldez Góes (PDT).
A candidatura de Waldez, governador do Amapá por oito anos, caía como uma luva para o presidente. No cenário ideal do governo federal, Gilvam, aliado fiel do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), se reelegeria. E Waldez bateria o atual senador Papaléo Paes (PSDB), da oposição. Ou, então, Capiberibe pegaria a vaga do tucano Papaléo.
Como já conta com o apoio de Sarney, que tem mais quatro anos de mandato, o Amapá teria três senadores alinhados com Dilma.
Foi isso que fez Lula gravar mensagem de apoio para Waldez, algo que não repetiu nem para o candidato local do PT, professor Marcos, que não se destacou nas pesquisas.
Tudo certo, exceto pela prisão de Waldez e de seu aliado, o governador Pedro Paulo Dias (PP), durante a Operação Mãos Limpas, na semana passada. A sensação de rejeição da população local apareceu logo nas pesquisas. Waldez despencou para o quarto lugar e, surpresa, Randolfe Rodrigues, um ex-petista, agora filiado ao PSOL, ganhou 15 pontos nas pesquisas e pode se eleger. Se isso se confirmar, o Amapá manterá pelo menos um senador não alinhado com o Palácio do Planalto.
É JORNALISTA DE "O ESTADO DE S. PAULO"
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