Crise aumenta protestos por taxas de condomínio

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Por Paulo Darcie
Atualização:

Entre julho de 2008 e março, a administradora Lello, responsável por 65 mil apartamentos em 1,1 mil condomínios de São Paulo, protestou apenas nove boletos - índice de 0,07% - e promoveu mais de 13 mil acordos amigáveis. Mas outro levantamento, feito com base em dados da Justiça pela administradora Hubert, mostra que a média de protestos por mês na capital paulista, entre o início da vigência da lei e março deste ano, é de 1.012. O número caiu até dezembro, quando chegou a 657, mas voltou a subir, segundo a administradora, como reflexo da crise financeira internacional. Segundo a gerente de Relações com Clientes da Hubert, Márcia Romão, a primeira opção continua a ser o acordo, uma vez que cada caso de inadimplência se dá por uma circunstância diferente: há devedores contumazes e os que apenas atrasam de vez em quando. "A simples possibilidade de ficar com o nome sujo já tem levado muita gente a procurar o síndico para negociar." A possibilidade de recorrer à Justiça entrou em vigor em julho, por meio de uma lei estadual. Síndicos podem protestar os proprietários de imóveis devedores de taxas de condomínio, levando, assim os nomes dos inadimplentes para cadastros de inadimplentes, como a Serasa. Só que o síndico deve ter cautela: há condomínios que não têm um cadastro atualizado e o morador pode não ser o proprietário. "Se o síndico protestar o nome errado, certamente sofrerá processo por danos morais", afirma Márcia.

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