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Cristovam Buarque diz que Lula condena o Brasil ao "assistencialismo"

Segundo o candidato à Presidência pelo PDT, Modelo adotado pelo atual governo apenas distribui dinheiro

Por Agencia Estado
Atualização:

O senador e candidato à presidência pelo PDT, Cristovam Buarque, afirmou nesta segunda-feira, 31, que o presidente Lula está "condenando o País ao assistencialismo" com o modelo do Bolsa-Família, que, em vez de promover a educação, "distribui dinheiro". Segundo Buarque, o Bolsa-Família - que tem mais de 11 milhões de beneficiários - "incentiva a pobreza", ao contrário, segundo ele, do que ocorria ao ser implantado durante seu governo do Distrito Federal, então com a designação Bolsa-Escola. O Bolsa-Escola foi adotado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e posteriormente transformado em Bolsa-Família pelo governo do presidente Lula. De acordo com o candidato, aquele era um período em que o programa "estimulava o jovem a estudar e, assim, a subir na escala social". "Antes, a mãe raciocinava que somente teria direito ao benefício se o filho tivesse bom desempenho na escola. Hoje, esta mesma mãe não quer sair da pobreza porque teme com isto perder o benefício", observou. O senador disse o programa deveria ser desmembrado em três para manter seu objetivo inicial e ampliar seu raio de ação: um seria de incentivo à freqüência da criança na escola (Bolsa-Escola), outro de amparo aos adultos desempregados (Bolsa-Emprego) e o terceiro aos doentes e idosos (Bolsa-Família). "Com o que se gasta atualmente, dá para fazer tudo isso", garantiu. Ele disse que, caso eleito, irá oferecer uma recompensa anual em dinheiro para todo jovem beneficiário do Bolsa-Escola que se destacar nos estudos. A finalidade da recompensa, que somente poderia ser retirada quando o aluno concluísse o ensino médio, seria proporcionar recursos para o jovem cursar o ensino superior. "Mau exemplo" De acordo com o senador, Lula dá um "péssimo exemplo" aos jovens quando afirma - afirmação que voltou a fazer neste final de semana, no Rio Grande do Sul - que para ser um bom presidente não é necessário ter diploma de curso superior. "Em primeiro lugar", observou, "Lula poderia ser um bom presidente mesmo sem diploma, mas não é. E, em segundo lugar, ao enaltecer sua condição de pouco instruído, ele está desestimulando os jovens a estudar". Buarque tinha previsto visitar nesta segunda-feira sete cidades do Norte do Paraná. Em Londrina, encontrou o intenso frio da manhã para cumprimentar eleitores no centro da cidade e, tomando emprestada a vassoura de um gari, encenou a limpeza do chão. "O Brasil precisa de uma faxina geral", disse.

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