Cristovam propõe pacto contra evolução das contas públicas

Em sabatina, Cristovam Buarque diz que deve reunir as "forças nacionais" para deter o crescimento vegetativo das contas públicas

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Por Agencia Estado
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Uma das primeiras medidas a serem adotadas pro Cristovam Buarque caso seja eleito presidente da República será reunir as "forças nacionais" para encaminhar um pacto para deter o crescimento vegetativo das contas públicas. A afirmação foi feita durante sabatina a que o candidato do PDT está sendo submetido nesta manhã no Grupo Estado. "Se a gente conseguir dar uma estancada (nos gatos públicos), vai sinalizar para o mercado que vai equilibrar as contas. Aí, a taxa de juros vai cair", declarou Cristovam, citando uma troca do atual circulo vicioso por um círculo virtuoso. O senador fez a proposta ao responder pergunta sobre como fazer o Estado brasileiro caber dentro de suas contas, para fazer frente aos investimentos em educação, que Cristovam defende na campanha. Para ele, no entanto, a elevação dos aportes na educação não depende do pacto sugerido. "Precisa tão pouco para a Educação, que dá para tirar de algumas rubricas (do Orçamento)". Cristovam brincou, ao ouvir uma pergunta sobre quem seria seu ministro da Fazenda, caso eleito. "Eu estou com 1% nas pesquisas e vou nomear ministro da Fazenda?". No entanto, ele citou o perfil que acredita ser necessário para o cargo. "Ter o compromisso de casar estabilidade e desenvolvimento." Estatais O candidato à presidência da República pelo PDT, senador Cristovam Buarque, é contrário à pulverização das ações de empresas estatais como o Banco do Brasil e a Petrobras, no sentido de torná-las empresas públicas. Cristovam defendeu que empresas de setores estratégicos precisam ter o controle do Estado e disse temer que um leilão de ações pudesse atrair "laranjas", que iriam compra ações em nome de grupos estrangeiros e até mesmo do crime organizado. Mas o senador disse não ser tecnicamente contrário ao processo de privatização da época do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele destacou que a Embraer não teria nascido se não fosse estatal e não teria dado seu salto de qualidade se continuasse estatal. E aproveitou para elogiar o papel dos engenheiros do ITA na criação da empresa. "É a prova que é a educação que dá o salto".

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