Crônicas à moda antiga e com boa dose de ironia

Antonio Prata inicia amanhã colaboração quinzenal com o ?Metrópole?; na 2.ª-feira, é a vez de Fred Melo Paiva

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Por Redação
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O caderno Metrópole ganha a partir de amanhã novos colunistas. Eles se juntam a Tutty Vasques, que assina sua coluna de humor de terça a sábado na contracapa do caderno. Amanhã é a estréia do escritor Antonio Prata, cronista que por quatro anos assinou coluna no Guia do Estado. Na segunda-feira, é a vez do jornalista Fred Melo Paiva, um dos fundadores do caderno Aliás. Eles vão se revezar, quinzenalmente, com a jornalista Vanessa Barbara e o sociólogo José de Souza Martins, que estréiam nos dias 12 e 13, respectivamente. Antonio Prata, autor de seis livros de contos e crônicas, diz que pretende "escrever ?crônicas crônicas?, à moda antiga". "Não terão necessariamente gancho jornalístico quente, factual. As idéias terão sempre um pé na ficção, virão da observação e análise do que acontece nas ruas, matéria-prima para as melhores crônicas", diz o escritor, paulistano, de 31 anos. "Quero escrever o que não é dito em outros lugares, pode ser também sobre assuntos da atualidade, mas com enfoques diferenciados." Logo em sua primeira coluna, que será publicada amanhã, Antonio dá uma pequena amostra das surpresas que pretende causar nos leitores, ao unir assuntos aparentemente díspares, como eleições municipais e a hora certa de acordar pela manhã. "A idéia é pegar o leitor desprevenido, com assuntos que lhe são familiares, mas que ele não espera encontrar no jornal. Todo mundo sente sono, sonha, também é possível escrever sobre isso", afirma o escritor, que define seu estilo como "bem-humorado, livre da reverência de quem escreve literatura". Novo colunista das segundas-feiras - alternando-se com o sociólogo José de Souza Martins -, Fred Melo Paiva é mineiro, formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-MG), mas vive em São Paulo desde 1996. Fred foi repórter das revistas Playboy, Veja e IstoÉ e diretor de redação de Trip e Tpm. Foi editor do caderno Aliás até agosto. Lançando mão de humor e ironia - elementos que marcam seu estilo -, o jornalista quer, em sua coluna, escrever "textos calcados em observação, essencial para toda boa reportagem". "O trabalho será basicamente o de repórter, com boas histórias dos personagens, eventos e acontecimentos da cidade", diz. "Em minhas reportagens, sempre procurei experimentar, escrever em diferentes formatos. Já escrevi como se fosse um locutor narrando partida de futebol, em forma de boletim de ocorrência, até como se fosse um cachorro contando a história. A coluna também será um espaço para isso, uma forma diferente de relatar uma história." Em sua coluna de estréia, na segunda-feira, Fred seguirá o estilo que o caracteriza - depois de breve apresentação, tratará celebridades, e mesmo sua própria figura, com ácido bom humor. "Em um momento da minha carreira, decidi que meu leitor é inteligente. E assim ele deve ser tratado, sempre de forma respeitosa, como entre iguais. É importante, também, que ele seja bem-humorado." Em comum entre os estreantes, a empolgação com a liberdade que o espaço de uma coluna permite ao seu escritor. "Como definiu o Millôr Fernandes, que diz ser um ?escritor sem estilo?, quero fazer da coluna algo que não tenha formato padrão, que me permita exercer a liberdade do cronista", comenta Prata. Para Fred, o caráter autoral de uma coluna lhe permitirá utilizar recursos literários difíceis de serem encontrados nas páginas noticiosas. "A ironia será mais fina, as imagens mais refinadas, realmente, um desafio que me empolga."

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