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Cruzeiro tem 464 intoxicados; em SP, idosa morre a bordo

Médicos tentaram, em vão, reanimar gaúcha, enquanto outro navio da MSC chegava, com dia de atraso, ao Rio

Por Alexandre Rodrigues , Diego Zanchetta , Zuleide de Barros e Kelly Lima
Atualização:

A gaúcha Clony Rezende, de 74 anos, morreu por volta das 2h30 de ontem após sofrer parada cardíaca ao fazer check-out no MSC Musica, no Porto de Santos. Ela fazia com filhos e genro cruzeiro de oito dias até Ilhéus. Segundo a empresa, a equipe médica ainda tentou reanimá-la. A Polícia Federal apura o que causou o ataque cardíaco. O corpo será enterrado em Passo Fundo. No Rio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detectou mais 84 casos de gastroenterite - 58 passageiros e 26 tripulantes - no MSC Sinfonia. Eles foram relatados no desembarque, ontem, com um dia de atraso, de cerca de 2 mil pessoas. Pela manhã, a Anvisa chegou a apontar 170 doentes, além dos 380 de Salvador; depois, corrigiu-se. O Sinfonia ficou retido pela Anvisa na capital baiana até quinta-feira. Inspeção detectou armazenamento inadequado de maionese e baixo teor de cloro na água, mas não determinou a causa do mal-estar coletivo. O navio atracou no Rio às 7h20, mas só uma hora depois, após vistoria, passageiros puderam descer. Segundo a MSC, 129 passageiros e 6 tripulantes procuraram atendimento médico até sexta. A viagem, iniciada dia 2, foi marcada ainda pela morte da cadeirante Aline Almeida. Caso sem relação com o surto, segundo a empresa. A Anvisa coletou amostras de água e alimento para análise no Instituto Adolfo Lutz. Só então o navio foi liberado para seguir a Buenos Aires. Se detectada irregularidade, multas podem alcançar R$ 2 milhões. Passageiros ameaçam ir à Justiça. FRAUDE Cerca de cem pessoas foram impedidas de embarcar no mesmo MSC Sinfonia, desta vez no cruzeiro que saiu ontem do Rio rumo a Buenos Aires, por portarem passagens falsificadas. De acordo com o delegado adjunto da 12ª Delegacia de Polícia do Rio, Antônio Furtado, os turistas foram vítimas de fraude na emissão das passagens, feita pela operadora Porto Rico. Segundo o delegado, a empresa teria vendido quatro bilhetes e depois feito cópias deles em xerox e os revendido. A clonagem das passagens foi percebida pelos tripulantes do navio no momento do embarque, porque todos os bilhetes continham os mesmos números. A reportagem do Estado procurou a Porto Rico, mas não obteve retorno. Foi aberto inquérito para investigar o caso.

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