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CTT de onde levaram fuzis poderá fechar

Exército conclui processo até dia 25; autuação foi feita sem laudo pericial

Por Damaris Giuliana
Atualização:

O processo administrativo sobre o roubo dos 22 fuzis de uso exclusivo das Forças Armadas e 89 pistolas do Centro de Treinamento Tático (CTT), em Ribeirão Pires, deve ser concluído até o dia 25. O Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC), do Exército, decidirá qual a punição para a empresa ao ler sua defesa sobre o que ocorreu na noite de 5 de março. A autuação à empresa foi baseada apenas no boletim de ocorrência porque o laudo pericial ainda está no Instituto de Criminalística de São Paulo e a Secretaria da Segurança Pública não tem prazo para entregá-lo. As punições para o CTT podem ser advertência, multa de R$ 500 a R$ 2,5 mil, suspensão ou cassação do registro. O general-de-divisão Eduardo Wizniewsky, comandante da 2ª Região Militar, órgão responsável pelo SFPC em São Paulo, afirma que o Exército deu autorização de funcionamento ao CTT porque a empresa atende às exigências legais. O local tem os dispositivos necessários, mas "por algum motivo, o sistema de segurança não funcionou". E é a responsabilidade da empresa nessa falha que será avaliada. Não é possível afirmar, por enquanto, se o fato de ter apenas um vigia na noite do roubo contribuiu para a invasão. "Avaliar o nível de segurança de um local é algo que inclui subjetivismo". Segundo ele, "é difícil separar" se a vulnerabilidade é da estrutura ou da equipe. Mesmo que o registro do CTT seja cassado, o comandante reconhece que, se outro CNPJ for apresentado ao Exército e toda a documentação estiver em ordem, é possível emitir outra autorização aos donos do CTT.

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