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Cumbica tem 61% dos vôos com atrasos de mais de uma hora

Situação é reflexo do fechamento do aeroporto na segunda-feira, diz Infraero

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Por Redação
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O Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, continua registrando atrasos de mais de uma hora no início da tarde desta terça-feira, 3. Segundo boletim da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), dos 252 vôos programados desde as 22 horas de segunda (quando o aeroporto foi fechado), e as 13 horas desta terça, 154 apresentam atrasos significativos - 61% dos vôos programados. Ainda há muita gente no saguão e filas para o check-in em frente aos balcões das empresas aéreas. Segundo a empresa, os atrasos acontecem porque foi desencadeado um efeito cascata dos vôos que foram cancelados após o fechamento do aeroporto, na noite de segunda. No Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, o quadro é bem melhor em comparação com Cumbica. De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, das 6 horas, horário de abertura do aeroporto, até as 13 horas, de um total de 133 vôos, 12 sofreram atrasos iguais ou maiores a uma hora. Outros 16 foram cancelados e não foram mencionados vôos desviados para outros aeroportos. O movimento lá é considerado normal. Madrugada dramática A situação está dramática para os usuários do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, desde o final da noite de segunda-feira, quando as operações do aeroporto foram canceladas por conta do forte nevoeiro que atingia a região. Há relatos de passageiros que esperaram mais de 16 horas para conseguir embarcar. Um destes casos aconteceu com os passageiros do vôo JJ3324 da TAM, que deveria ter saído às 20h45 de Guarulhos, e só levantou vôo por volta do meio-dia desta terça-feira, 3. A Polícia Federal, inclusive, precisou ser acionada para retirar os 33 passageiros do vôo, que se negaram a sair da aeronave. "A gente entende o que está acontecendo, mas ninguém deu nenhuma informação. Falam apenas que o vôo está anulado, sem previsão, mas não dizem nem que é problema meteorológico", contou Diane Moreira, de 35 anos, que viajaria pela TAM. "O pior são as crianças, que reclamam, pedem para ir para casa e falam que estão com medo." O mesmo foi sentido por uma família argentina que veio ao Brasil para passar férias até 23 de julho. Os problemas para Diego, Lorena e Ivana Fernandez, de 39, 34 e 11 anos, começaram em Buenos Aires, onde era difícil conseguir informações com funcionários da Gol. O vôo com destino a São Paulo, marcado para as 11 horas de segunda-feira, só saiu da capital portenha às 18h30. "Chegamos aqui às 9 da noite e levamos três horas para remarcar as passagens para Salvador. Ficamos duas horas na fila do táxi, para estar de volta ao aeroporto às 9 horas", contou Diego Fernandez. Eles perderam um dia de descanso na capital baiana, onde haviam, inclusive, alugado um carro. "É uma falta de respeito total e os funcionários dizem que não há como registrarmos reclamações. Não descansamos, comemos por nossa conta e estamos há quase 24 horas acordados. É a quarta e a última vez que estamos no Brasil", declarou Lorena. Durante a madrugada, vários pousos foram transferidos para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, a 95 quilômetros da Capital. A Infraero, no entanto, não divulgou nenhuma informação oficial.

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